Let's travel?

Let's travel?
Entre sem bater.

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Você. You.

Sempre achei que eu conhecia o amor, mas acho que eu conhecia só de ouvir falar. Foi quando conheci você, que eu vi que amor era muito mais do que haviam me falado. Acho que, afinal, dois seres humanos como eu e você não se cruzam à toa. O universo sabia que nós dois teríamos conexão desde o primeiro dia. Desde o dia 23. De outubro. De 2024. Naquela quarta-feira eu mal sabia que tudo dentro de mim iria se transformar. Da forma mais pura. Da forma mais bela. E agora o universo tá vendo a gente, e aplaudindo de pé o excelente trabalho que fez. Acho que pela primeira, vez vou poder dizer "obrigada" ao destino. Sabe que eu tenho a leve impressão de que já nos conhecíamos? Seu rosto é familiar, seu jeito, mais ainda. Com você eu sinto coisas que provavelmente só sentirei de novo se for com você. Ser intenso é um perigo, nem todos os corações transbordam na mesma medida. Mas o seu transbordou. E com você eu posso simplesmente ser eu mesma, como há tempos já não era. Você me devolveu pra mim. E eu espero que você seja a última vez que eu tento, sabe por quê? Porque, meu bem, fazia muito tempo que eu não dava uma risada tão sincera perto de alguém. Hoje vejo como é ruim você tentar se encaixar no padrão de alguém que nunca gostou de quem você é. Vejo que quando você precisa mudar até seu jeito de respirar perto de alguém, é porque não é pra ser, é porque seu cupido errou, e errou feio. E sabe aqueles momentos que eu paro e fico te admirando, com olhar profundo, e você me pergunta o que é? É que você é simplesmente tudo o que eu sempre sonhei. Você gosta do meu caos e não esconde o seu, você fala de amor o tanto quanto eu. E percebi que o tempo não é proporcional ao sentimento. Tem coisa que vem urgente, de repente, e mexe tanto com a gente.

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

eu não estava pedindo demais. 

só estava pedindo para a pessoa errada.

esse tipo de pessoa dá sinais desde o início

óbvios e claros

de que é a pessoa errada.

mas eu ignorei todos eles. 

cismei que era o grande amor da minha vida.

e aí você me pergunta: você estava louca? 

talvez.

o problema foi a idealização do início.

porque logo depois a pessoa me mostrou quem realmente era. 

mas aí... era tarde demais. 

eu já havia construído todos os meus castelos.

e olha, eu sou boa no que eu faço.

sou tão boa, que depois todos os castelos ficaram

extremamente difíceis de desconstruir.

e aí ele me fez achar que tudo que eu pedia

era pedir demais.

mas, na realidade, ele não estava disposto

a fornecer nem o básico. 

nem as migalhas de afeto.

então, só reforçando, 

nunca pedi nada demais.

só estive todo esse tempo

pedindo para a pessoa errada.

 passei toda a vida

procurando

o amor da vida

quando encontrei

não durou a vida toda

Quando eu tô com você

 Quando eu tô com você, eu gosto menos de mim. Você é uma daquelas pessoas que 90% do tempo faz mal, e 10% do tempo faz bem. Ou mais ou menos bem. E aí você me pergunta: por que você fica? E eu te respondo... eu também não sei. A minha psicóloga provavelmente diria que tenho algumas questões com meus pais e tudo mais... Mas eu acho que são dois motivos muito simples: primeiro, eu sou uma idiota. Segundo, eu acredito nesses 10%. Eu realmente acredito que você pode ser diferente, que você pode mudar. Assim, da água pro vinho. É... acho que sou uma idiota mesmo. Porque você NUNCA vai mudar. E eu sempre vou ficar acreditando nisso. E você sempre vai ficar me magoando com as mesmas coisas e tendo as mesmas atitudes que eu já implorei pra não ter. E eu continuarei implorando pelas migalhas que de vez em quando você me dá. E são nesses momentos que eu me anulo. Que engulo meus gritos. E acho que a gente sabe que não dá pra engolir certos sentimentos, né? Hora ou outra ou eles saem, ou você se perde. Ouvi uma vez uma frase que dizia: "se você ouvir uma voz insistente dentro da sua cabeça te dizendo que você merece mais, escute-a". E eu tô escutando. Mesmo que esteja doendo, mesmo que minha mente se agarre às poucas e fracas memórias dos momentos em que éramos felizes, mesmo que meu ego implore pra que eu não te deixe ir, chega um momento que você precisa se escolher. E chegou o momento de eu me escolher.

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

 eu não queria que fosse uma lição

queria que fosse amor

mas amor não foi

foi apenas lição 

 eu tinha medo de errar.

errei.

pronto, agora tenho 

um medo a menos. 

vivi amores que

me levaram ao céu e 

me soltaram lá de cima.


segunda-feira, 7 de outubro de 2024

 a solidão

é um remédio

de gotinha.

até que cura, 

mas o gosto

é horrível.

domingo, 6 de outubro de 2024

 Às vezes, o coração precisa se partir para se abrir. 

domingo, 7 de julho de 2024

12 semanas para mudar uma vida

a solidão nos contaminou.

O diálogo está morrendo. Raramente trocam experiências de vida. A família está se tornando um grupo de estranhos, vivendo ilhados em seu próprio mundo. Os pensadores estão morrendo. Não há mais  pensadores que amam a arte da crítica e da dúvida. Não sabemos explorar o mundo de dentro.

Nada é tão injusto como produzir um ser humano doente para depois tratá-lo, produzir as lágrimas para depois aliviá-las.

expandisse o prazer de viver, superasse a solidão, promovesse o diálogo interpessoal, estimulasse a formação de pensadores, enriquecesse a arte de pensar, debelasse o câncer da Discriminação e prevenisse a depressão, a síndrome do pânico, os transtornos ansiosos, o estresse, a violência social.

Procure a sabedoria, pois a vida é muito breve. Que valor tem a sua vida para você mesmo?

sexta-feira, 7 de junho de 2024

"A morte é um dia que vale a pena viver"

 Algumas apenas podem mudar, outras precisam; o que nos une é o querer. Desejar ver a vida de outra forma, seguir outro caminho, pois a vida é breve e precisa de valor, sentido e significado. E a morte é um excelente motivo para buscar um novo olhar para a vida.

Quase todo mundo pensa que a norma é fugir da realidade da morte. Mas a verdade é que a morte é uma ponte para a vida.

terça-feira, 4 de junho de 2024

Uma mente inquieta

 Às vezes duvido se uma vida calma e tranquila teria sido conveniente para mim — e no entanto às vezes anseio por isso.

Demorei demais para perceber que anos e relacionamentos perdidos não podem ser recuperados, que o mal que se faz a si mesmo e aos outros nem sempre pode ser corrigido e que libertar-se do controle imposto pela medicação perde seu significado quando as únicas alternativas são a morte e a insanidade.

A doença maníaco-depressiva deforma o estado de humor e os pensamentos, estimula comportamentos aterradores, destrói a base do pensamento racional e, com enorme frequência, solapa o desejo e a vontade de viver. É uma doença biológica nas suas origens, mas que dá a impressão de ser psicológica na vivência que se tem dela; uma doença sem par no fato de proporcionar vantagens e prazer e que, no entanto, traz como consequência um sofrimento quase insuportável e, não raramente, o suicídio. Tive a felicidade de não ter morrido dessa doença.

Estou cansada de me esconder, cansada de energias desperdiçadas e emaranhadas, cansada da hipocrisia e cansada de agir como se eu tivesse algo a esconder. Cada um é o que é, e a desonestidade de se esconder atrás de um diploma, de um título ou de qualquer forma e reunião de palavras ainda é exatamente isso: desonesta. Necessária, talvez, mas desonesta.

Eu, em vez disso, considerava a escuridão uma perfeita estranha. Por mais que ela se instalasse na minha mente e na minha alma, ela quase sempre me parecia uma força externa, em guerra com meu eu natural.

Tinha a crença absoluta de que o que importa não são as cartas que recebemos no jogo da vida, mas nosso modo de jogar com elas.

Como se confirmou milhares de vezes desde então, minha curiosidade e meu temperamento me levaram a lugares com os quais eu realmente não tinha condições emocionais de lidar; mas a mesma curiosidade, aliada ao lado científico da minha cabeça, gerava uma estrutura e um distanciamento suficiente para permitir que eu me controlasse, me desviasse, refletisse e seguisse em frente.

Logo descobri que não era só meu pai que era dado a humores sinistros e caóticos. Quando eu estava com dezesseis ou dezessete anos, já estava claro que minhas energias e meus entusiasmos podiam deixar exaustas as pessoas ao meu redor; e que, depois de longas semanas de voos altos e pouco sono, minha cabeça dava um mergulho na direção do lado realmente escuro e taciturno da vida. 

quarta-feira, 17 de maio de 2023

3h da manhã, dominada pela dor de você

 Será que seria melhor eu nunca ter te conhecido? Talvez eu não estivesse 3h da manhã com essa dor… Com esse enjoo… Com tudo isso acontecendo. Existem recomeços? Existem recomeços com as pessoas que já amamos? Ou será que só traria mais dor? Ou mais história pra sofrer? São tantas perguntas na minha cabeça. Perguntas que só o tempo irá responder… talvez nem ele.

Você se orgulha de quem é hoje?

 Várias vezes já me perguntei isso. Se eu me orgulho de quem sou. Antes eram duas respostas… como profissional? Com certeza! Como pessoa? Talvez… hoje, parei pra pensar nessa mesma pergunta. Como profissional, continuo me orgulhando, talvez até muito mais do que antes. Como pessoa? Hoje consigo me orgulhar. Hoje me vejo íntegra, hoje nenhuma mentira fica pra trás. Foi do jeito mais dolorido, mas finalmente consigo me libertar de toda e qualquer mentira que me assombrava. Consigo ser livre. Livre para ser feliz. Não do jeito que eu gostaria, não com a pessoa que eu amo. Mas agora fico livre daquilo que não me permitia poder de fato viver a felicidade, com transparência, com leveza. 

Aquela dor insuportável bem no centrinho da barriga

 Mais um que não dá certo. Ou talvez menos um? Não dá pra saber. “Fui só mais uma”, foi o que eu ouvi. Mas sei que não foi assim. Porque pra mim não foi. Você não foi só mais um. Foi o único com aquela química inexplicável e surreal. O único que me mostrou que eu poderia ser muito mais mulher, em vários aspectos - e isso eu queria poder ser pra você, como estava conseguindo ser, mas não poderei mais. Não poderei mais deitar com vc em um sofá apertadinho pra ficarmos agarrados vendo filme, até eu decidir que queria cortar suas unhas e tirar cada uma daquelas pelinhas que ficam pra fora. Até resolver que queria fazer uma limpeza de pele completa em você. Que engraçado (de engraçado não tem nada, e sim é muito triste), eu não fazia ideia de que seria a última vez que aconteceria cada uma daquelas coisas. Por causa de uma mensagem que eu não me dei ao trabalho de responder, somada a coisinhas aqui e ali, fiz tudo acabar, fiz tudo descer pelo ralo. O último “creccrec” com franguinho, o último oi pro cachorro, o último “abre aqui pra mim que eu cheguei”. Foram últimos tudo. A dor tá me invadindo de uma forma que não consigo digerir ou respirar. Dessa vez sinto que é real. Sinto a decisão, sinto o desamor. Acabou. É diferente te de todas as dores que eu já senti. Dessa vez eu me importo. Dessa vez eu me importava com cada detalhe do seu bem-estar. Queria saber de tudo, queria saber de cada espinhazinha das suas costas, se você tinha comido, se vc estava se sentindo bem, se tinha dormido. Não tem mais o recarregar nossas baterias por contato físico, com nossa playlist favorita tocando e uma luzinha meio azul no ambiente. Foi tudo a última vez de cada uma das nossas pequenas rotinas, tão nossas. E tudo acabou como se nunca nem tivesse existido. Meu corpo não quer  levantar dessa cama, não faz sentido pra ele sair nesse frio pra trabalhar sabendo que não tenho mais você, sabendo que nunca mais deitarei debaixo daquela sua coberta quentinha, vestindo sua calça preta de moletom, ouvindo um “da beijinho” antes de dormirmos. Minha mente ainda não quer aceitar nada disso. Mas ela vai ter que acostumar. Vai ter que criar coragem e tirar sua foto do WhatsApp e entender que você foi uma página que acabou de ser virada. Na verdade, talvez arrancada. E dói demais. Principalmente por saber que o erro pode ter sido em omitir uma situação de alguém sem noção em vez de te mostrar, mas o medo falou mais alto e pra evitar algo, acabei causando algo maior - novamente. Aliás, algo absurdamente maior. Algo que mais me parece um abismo sem fundo, sem fim. Me resta pedir perdão a Deus por ter te machucado, mesmo sem querer, principalmente dessa vez. Pedir a Deus me dar forças e entendimento pra superar você, se é que isso vai ser possível, pois mesmo depois de 1 ano e 4 meses grudados eu ainda ame surpreendia com o quanto eu te amava, com o quanto ainda era apaixonada por você como se fosse o primeiro dia, com o quanto te achava lindo e te enchia o saco reiterando essa informação. 

Quero que você seja feliz, pois é algo que eu não consegui fazer. E quero que eu seja feliz também. 

Te amo muito.

Segue essa carta a jamais ser entregue.