Let's travel?

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Entre sem bater.

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

 a solidão

é um remédio

de gotinha.

até que cura, 

mas o gosto

é horrível.

domingo, 6 de outubro de 2024

 Às vezes, o coração precisa se partir para se abrir. 

domingo, 7 de julho de 2024

12 semanas para mudar uma vida

a solidão nos contaminou.

O diálogo está morrendo. Raramente trocam experiências de vida. A família está se tornando um grupo de estranhos, vivendo ilhados em seu próprio mundo. Os pensadores estão morrendo. Não há mais  pensadores que amam a arte da crítica e da dúvida. Não sabemos explorar o mundo de dentro.

Nada é tão injusto como produzir um ser humano doente para depois tratá-lo, produzir as lágrimas para depois aliviá-las.

expandisse o prazer de viver, superasse a solidão, promovesse o diálogo interpessoal, estimulasse a formação de pensadores, enriquecesse a arte de pensar, debelasse o câncer da Discriminação e prevenisse a depressão, a síndrome do pânico, os transtornos ansiosos, o estresse, a violência social.

Procure a sabedoria, pois a vida é muito breve. Que valor tem a sua vida para você mesmo?

sexta-feira, 7 de junho de 2024

"A morte é um dia que vale a pena viver"

 Algumas apenas podem mudar, outras precisam; o que nos une é o querer. Desejar ver a vida de outra forma, seguir outro caminho, pois a vida é breve e precisa de valor, sentido e significado. E a morte é um excelente motivo para buscar um novo olhar para a vida.

Quase todo mundo pensa que a norma é fugir da realidade da morte. Mas a verdade é que a morte é uma ponte para a vida.

terça-feira, 4 de junho de 2024

Uma mente inquieta

 Às vezes duvido se uma vida calma e tranquila teria sido conveniente para mim — e no entanto às vezes anseio por isso.

Demorei demais para perceber que anos e relacionamentos perdidos não podem ser recuperados, que o mal que se faz a si mesmo e aos outros nem sempre pode ser corrigido e que libertar-se do controle imposto pela medicação perde seu significado quando as únicas alternativas são a morte e a insanidade.

A doença maníaco-depressiva deforma o estado de humor e os pensamentos, estimula comportamentos aterradores, destrói a base do pensamento racional e, com enorme frequência, solapa o desejo e a vontade de viver. É uma doença biológica nas suas origens, mas que dá a impressão de ser psicológica na vivência que se tem dela; uma doença sem par no fato de proporcionar vantagens e prazer e que, no entanto, traz como consequência um sofrimento quase insuportável e, não raramente, o suicídio. Tive a felicidade de não ter morrido dessa doença.

Estou cansada de me esconder, cansada de energias desperdiçadas e emaranhadas, cansada da hipocrisia e cansada de agir como se eu tivesse algo a esconder. Cada um é o que é, e a desonestidade de se esconder atrás de um diploma, de um título ou de qualquer forma e reunião de palavras ainda é exatamente isso: desonesta. Necessária, talvez, mas desonesta.

Eu, em vez disso, considerava a escuridão uma perfeita estranha. Por mais que ela se instalasse na minha mente e na minha alma, ela quase sempre me parecia uma força externa, em guerra com meu eu natural.

Tinha a crença absoluta de que o que importa não são as cartas que recebemos no jogo da vida, mas nosso modo de jogar com elas.

Como se confirmou milhares de vezes desde então, minha curiosidade e meu temperamento me levaram a lugares com os quais eu realmente não tinha condições emocionais de lidar; mas a mesma curiosidade, aliada ao lado científico da minha cabeça, gerava uma estrutura e um distanciamento suficiente para permitir que eu me controlasse, me desviasse, refletisse e seguisse em frente.

Logo descobri que não era só meu pai que era dado a humores sinistros e caóticos. Quando eu estava com dezesseis ou dezessete anos, já estava claro que minhas energias e meus entusiasmos podiam deixar exaustas as pessoas ao meu redor; e que, depois de longas semanas de voos altos e pouco sono, minha cabeça dava um mergulho na direção do lado realmente escuro e taciturno da vida. 

quarta-feira, 17 de maio de 2023

3h da manhã, dominada pela dor de você

 Será que seria melhor eu nunca ter te conhecido? Talvez eu não estivesse 3h da manhã com essa dor… Com esse enjoo… Com tudo isso acontecendo. Existem recomeços? Existem recomeços com as pessoas que já amamos? Ou será que só traria mais dor? Ou mais história pra sofrer? São tantas perguntas na minha cabeça. Perguntas que só o tempo irá responder… talvez nem ele.

Você se orgulha de quem é hoje?

 Várias vezes já me perguntei isso. Se eu me orgulho de quem sou. Antes eram duas respostas… como profissional? Com certeza! Como pessoa? Talvez… hoje, parei pra pensar nessa mesma pergunta. Como profissional, continuo me orgulhando, talvez até muito mais do que antes. Como pessoa? Hoje consigo me orgulhar. Hoje me vejo íntegra, hoje nenhuma mentira fica pra trás. Foi do jeito mais dolorido, mas finalmente consigo me libertar de toda e qualquer mentira que me assombrava. Consigo ser livre. Livre para ser feliz. Não do jeito que eu gostaria, não com a pessoa que eu amo. Mas agora fico livre daquilo que não me permitia poder de fato viver a felicidade, com transparência, com leveza. 

Aquela dor insuportável bem no centrinho da barriga

 Mais um que não dá certo. Ou talvez menos um? Não dá pra saber. “Fui só mais uma”, foi o que eu ouvi. Mas sei que não foi assim. Porque pra mim não foi. Você não foi só mais um. Foi o único com aquela química inexplicável e surreal. O único que me mostrou que eu poderia ser muito mais mulher, em vários aspectos - e isso eu queria poder ser pra você, como estava conseguindo ser, mas não poderei mais. Não poderei mais deitar com vc em um sofá apertadinho pra ficarmos agarrados vendo filme, até eu decidir que queria cortar suas unhas e tirar cada uma daquelas pelinhas que ficam pra fora. Até resolver que queria fazer uma limpeza de pele completa em você. Que engraçado (de engraçado não tem nada, e sim é muito triste), eu não fazia ideia de que seria a última vez que aconteceria cada uma daquelas coisas. Por causa de uma mensagem que eu não me dei ao trabalho de responder, somada a coisinhas aqui e ali, fiz tudo acabar, fiz tudo descer pelo ralo. O último “creccrec” com franguinho, o último oi pro cachorro, o último “abre aqui pra mim que eu cheguei”. Foram últimos tudo. A dor tá me invadindo de uma forma que não consigo digerir ou respirar. Dessa vez sinto que é real. Sinto a decisão, sinto o desamor. Acabou. É diferente te de todas as dores que eu já senti. Dessa vez eu me importo. Dessa vez eu me importava com cada detalhe do seu bem-estar. Queria saber de tudo, queria saber de cada espinhazinha das suas costas, se você tinha comido, se vc estava se sentindo bem, se tinha dormido. Não tem mais o recarregar nossas baterias por contato físico, com nossa playlist favorita tocando e uma luzinha meio azul no ambiente. Foi tudo a última vez de cada uma das nossas pequenas rotinas, tão nossas. E tudo acabou como se nunca nem tivesse existido. Meu corpo não quer  levantar dessa cama, não faz sentido pra ele sair nesse frio pra trabalhar sabendo que não tenho mais você, sabendo que nunca mais deitarei debaixo daquela sua coberta quentinha, vestindo sua calça preta de moletom, ouvindo um “da beijinho” antes de dormirmos. Minha mente ainda não quer aceitar nada disso. Mas ela vai ter que acostumar. Vai ter que criar coragem e tirar sua foto do WhatsApp e entender que você foi uma página que acabou de ser virada. Na verdade, talvez arrancada. E dói demais. Principalmente por saber que o erro pode ter sido em omitir uma situação de alguém sem noção em vez de te mostrar, mas o medo falou mais alto e pra evitar algo, acabei causando algo maior - novamente. Aliás, algo absurdamente maior. Algo que mais me parece um abismo sem fundo, sem fim. Me resta pedir perdão a Deus por ter te machucado, mesmo sem querer, principalmente dessa vez. Pedir a Deus me dar forças e entendimento pra superar você, se é que isso vai ser possível, pois mesmo depois de 1 ano e 4 meses grudados eu ainda ame surpreendia com o quanto eu te amava, com o quanto ainda era apaixonada por você como se fosse o primeiro dia, com o quanto te achava lindo e te enchia o saco reiterando essa informação. 

Quero que você seja feliz, pois é algo que eu não consegui fazer. E quero que eu seja feliz também. 

Te amo muito.

Segue essa carta a jamais ser entregue. 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Taça de vinho

 Já foram tantas desilusões, tantos desamores, tantos amores pra sempre que acabaram, tanta intensidade no início e mais ainda no término de tudo. Agora já nem dói, parece que essa é só mais uma das milhares vezes que tenho que colar os pedacinhos do meu coração, que já está tão acostumado a ser remendado, que, de fato, já não dói. Já desisti do sonho infantil da família perfeita, do véu, da grinalda, das flores. Tudo isso já ficou para trás e já entendi que não estou nessa vida pra isso. Eu não estou aqui pra amar. Estou aqui pra aprender a me amar, a me respeitar, e a me colocar em primeiro lugar. Não permito mais que despedacem meu pobre coração como se fosse só uma taça de vinho barata, já colada tantas vezes, de tanto ser derrubada, e espatifar no chão. Vou deixar essa taça guardada. Guardada em um armário, trancada com cadeados dourados, grandes e pesados.  Trancada a sete chaves. Chega de permitir que atirem a taça no chão, como se não valesse nada, só porque está tão remendada! Mesmo que ela não se encha mais de qualquer tipo de vinho, ela vai estar sempre vazia, mas protegida. Protegida de ser enchida de um vinho barato, daqueles que dá dor de cabeça na manhã seguinte, e ainda ser colocada na beirada de uma mesa e cair com qualquer esbarrão. A taça de vinho não está mais disponível, está fora de linha, sem previsão de novo estoque. 

domingo, 30 de outubro de 2022

"Casal imperfeito"

 - A realidade das imperfeições, de ambos

- São necessários AJUSTES

- O casamento não é a junção de duas páginas em branco. Trazemos conosco as nossas vivências e histórias.

- Todos entram em um casamento carregando a bagagem de comportamentos e pensamentos que vivenciam em suas antigas casas.

- As malas que trazemos de nossos antigos lares só podem ser desfeitas JUNTOS. É importante um cônjuge conhecer as bagagens do outro, e é nosso papel apresentá-las ao outro.

- Quando as expectativas são frustradas, às vezes pelo nosso próprio comportamento, encontramos uma oportunidade de nos desnudar emocionalmente um para o outro. Não há máscaras dentro de um casamento.

- PERDÃO ao que é perdoável. RECOMEÇO enquanto valer a pena. ESPERANÇA de ser melhor.

- A casa será dos DOIS e são pessoas diferentes. O mais organizado pode acabar se tornando centralizador. 

- Importância de trabalhar como equipe. 

- Coisas simples que para um dos cônjuges parecem "óbvias", acaba por haver uma exigência de um "senso comum" que pode não existir na cabeça do outro, pois é algo que só faz sentido pra você. Por isso a importância do diálogo, nem tudo que é óbvio para um, é óbvio para o outro. Necessidade de diálogo claro, e colocar as coisas com praticidade, mesmo que para você sejam coisas "óbvias".

- Ajustes diários. Optar pelo caminho da conversa, não do atrito, é isso que leva o casamento a ter um funcionamento saudável. 

- Não subestimar as pequenas conquistas e acertos dentro de um casamento: são justamente eles que moldam o casal, o levando a um lugar seguro e saudável.

- Refletir sobre a realidade da casa dos pais e o casamento deles. Quais bagagens você traz para o seu relacionamento? Quais são positivas e quais são negativas?

- É comum duas pessoas completamente diferentes se tornarem um casal, é como se buscássemos no outro o que falta em nós. Exemplo: um agitado, o outro calmo; um comunicativo, o outro quieto; um extravagante, o outro discreto; um silêncio, outro barulho; um observador, outro desatento; um que deixa tudo sempre para a última hora, o outro se antecipa; um que relaxa com música clássica, o outro que se irrita com tantos instrumentos tocados ao mesmo tempo; um sonhador e cheio de planos, o outro apenas seguindo em frente; um que gosta de aventura, outro gosta de tudo planejado. Esses são só alguns exemplos das centenas de diferenças que podem existir. 

- Quando o nosso olhar muda sobre o outro, tudo muda. As virtudes que você admira no seu cônjuge acabam perdendo valor diante dos defeitos que você já não consegue suportar. As pessoas brigam, brigam, não encontram solução, jogam o problema para debaixo do tapete, e sobrevivem. E assim a relação vai se desgastando. 

- Um casal não é formado por duas pessoas que jogam em times diferentes, lutando um contra o outro. O casal deve ser um time de pessoas que lutam juntas contra um problema. Não são inimigos em um campo de batalha. O problema não é a pessoa, e sim alguma dificuldade que a pessoa tenha, como, por exemplo, a dificuldade em resolver conflitos. Um time de dois é bem mais forte do que um time de um. 

- Cuidado ao se abrir com pessoas não confiáveis para falar dos problemas do relacionamento e para criticar o cônjuge. Nos unimos com pessoas para falar mal dele. Parece um alívio ver que outras pessoas pensam o mesmo que nós. Mas isso acaba alimentando um sentimento que além de ruim, pode ser errado. Ao se unir como um time, quando vem alguém opinar sobre o cônjuge em sua ausência, passe a defendê-lo, e não o contrário. 

quarta-feira, 18 de maio de 2022

Monte Everest

 Falei pra ele… o chão tava tranquilo, meio frio, meio úmido, meio solitário, mas dava pra seguir em frente, dava pra continuar. E aí ele chegou a foi me levando cada vez mais alto… espero que ele não me empurre lá de cima quando atingirmos o pico do Everest. De uma queda tão alta, vai ser impossível sobreviver!

quarta-feira, 13 de abril de 2022

A paz invadiu o meu coração…

 Ali estava eu. Era quarta-feira, 20h, estava sozinha mas tão, tão completa. Sentada em um chão de concreto cinza, em uma pista de corrida no topo de um shopping, iluminação amarelada e muito aconchegante, e, em volta, a vista do alto da minha cidade preferida no mundo. Prédios longe, acesos, famílias devem estar jantando, crianças fazendo lição de casa, cachorros latindo, adolescentes trancados no quarto, divorciadas chorando, homens tomando cerveja assistindo à televisão, tanta coisa deve estar acontecendo em cada uma dessas janelas acesas que daqui parecem só uns quadradinhos brilhantes. E eu aqui. Observando a tudo em volta, achando tudo tão calmo, meu coração tranquilo depois de tanto tempo. Parece que aquela sensação que tanto almejei finalmente chegou até mim. Agora é dar valor… é uma sensação de peito parado… quem sofre de ansiedade entende o que quero dizer. A respiração não está ofegante e não consigo sentir meu coração batendo tentando pular pra fora. Aquele que tem me transbordado está a alguns metros, fora do meu campo de visão, e me sinto completa aqui sentada. Com uma sensação muito maravilhosa de estar tudo encaixado… como sonhei com isso. Obrigada, vida. Olhando pra trás acho que essa sensação só é tão valorosa por conta de tudo que eu passei. Que fase boa de autoconhecimento e autocura. Queria que todos passassem pelas intensidades que eu passei e tenho passado, de tanta coisa muito ruim e tanta coisa muito boa. É o que faz a vida ser incrível do jeito que é, nunca saber o que te espera na próxima esquina, cada segundo sendo único e nunca mais sendo repetido. Só acumulando dentro da mente as lembranças e no corpo as sensações… formando tijolinho por tijolinho quem a gente é. E é isso. Finalmente, finalmente a paz invadiu o meu coração. Até quando? Não sei. Mas vou saber aproveitar bem de perto cada momento que essa sensação boa me inundar, como hoje, agora, aqui, sozinha mas não solitária, sentada no concreto frio com o peito quentinho. 

“Só se aprende a aproveitar a calmaria sobrevivendo à tempestade”

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Finalmente chegou o dia

 Finalmente chegou o dia em que nada mais importa, e que eu estou onde eu gostaria de estar. Ver ele com ela já não importa, e não importa o fato de ela ser tão linda, ver o outro ficando noivo ou se dando bem, tudo isso já não importa mais, porque aqui está o que eu sempre quis, mesmo em todos os meses passados o meu amor platônico esteve ali, e hoje ele é real. E eu prometo dar todo o valor, prometo que seja eterno enquanto dure, infinito enquanto durar esse amor apaixonado aqui dentro do meu peito. 

Passando pra te lembrar...

 Passando pra te lembrar que do fundo do poço realmente não tem mais para onde descer. Parece que tem, né? Parece que existe tipo um subsolo abaixo do nível do chão gelado e cheio de musgo do fundo do poço. Acredite... não há. E quando você menos espera, você pisca o olho e lá está você, vendo o quentinho do sol e o céu azul, de novo. E pensando... "caramba, esse céu jamais seria tão belo e e esse quentinho jamais seria tão agradável se eu não tivesse conhecido o horror que é lá embaixo". Muitas vezes pra reconhecer aquilo que é bom, infelizmente temos que passar pelo que é ruim. Ou felizmente, porque talvez aqueles que não saibam o gosto das paredes úmidas do fundo do poço jamais vão reconhecer a beleza do céu azul com nuvens brancas. O fato é que as fases vêm e vão, o poço sempre estará ali, às vezes você estará lá no fundo, às vezes no meio da escalada, às vezes suas mãos escorregam e você cai lá pra baixo de novo, às vezes alguém aparece com uma cordinha e te ajuda a subir... e te digo uma coisa, sempre vale a pena pegar a cordinha e segurar nela, mesmo correndo o risco de a pessoa soltá-la e você cair lá pra baixo mais uma vez. Não tem problema. Você sempre arrumará força pra subir mais uma vez. Sempre, sempre. Então é isso, só passei pra te lembrar que sempre, sempre, sempre há como sair do fundo do poço, e você sempre vai conseguir sair de lá! 

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Ainda estou aqui...

 Hoje é dia 13 de janeiro e ainda estou na bosta. Achei que em 3 ou 4 meses tudo ia passar e eu ia estar - UHUU - vivendo uma super mega fase ótima da minha vida. Mas ainda to aqui, com essa vontade absurda de não estar, e com essa dor no peito que insiste em permanecer. Saber que o E. já está em outra me doeu demais, na minha cabeça eu seria a primeira a seguir em frente e ser, efetivamente, feliz. Mas, não. Na minha cabeça agora, com meu ego ferido me confundindo, eu só terminei pra viver uma aventura, que não deu certo, e acabei "sem os dois". Mas no fundo eu sei que o E. era só uma criança sendo cuidada por meu instinto materno, e eu ser cuidada pelo B. me encantou, mesmo ele não tendo nada - eu disse NADA - a ver comigo, em nenhum aspecto. De criação, religião, sonhos, instintos, vontades, ideias e ideais, NA-DA. Mas lá estava eu, "apaixonada" e "sofrendo" - de novo - por alguém com uma incompatibilidade absurda. E aí me vi sozinha, no escuro. Ok, isso me empurrou pra frente, realizei meu maior e mais antigo sonho: "comprar um apartamento sozinha, só meu, que nada nem ninguém possa tirar de mim". Mais uma vez, isso se repete na minha vida: um grande passo provindo de uma grande desilusão amorosa. Foi quando o M. me deu um pé na bunda (na verdade, quando a mãe dele nos fez esse favor, mas isso é uma história pra outra hora), que eu resolvi ir atrás do sonho antigo de usar meu lindo nome precedido por uma linda patente. E assim foi. Como sempre, meus impulsos pra frente na vida pessoal e profissional provêm de desilusões amorosas. Mas por que preciso sofrer tanto, gente do céu? Devo ter feito coisas muito ruins mesmo nas vidas passadas. Mas o recado do dia é: RAFAELA, para de ter o ego tão frágil, Jesus Amado! Deixa esse bando de cara nada a ver pra lá, VOCÊ NÃO PRECISA DISSO!