Let's travel?

Let's travel?
Entre sem bater.

sábado, 24 de julho de 2010

O mundo e a paz.

Já quis mudar o mundo. Já quis dominar o mundo, abraçar o mundo e fugir do mundo. Também já quis me esconder do mundo, xingar o mundo, conquistar o mundo. E amar o mundo, e ensinar, e alimentar, e agradar o mundo. Já quis que o mundo me obedecesse, já quis ser admirada pelo mundo e ser outra pessoa para o mundo. Já quis aconselhar o mundo, decifrar o mundo, desafiar o mundo, devorar o mundo e ter o mundo na palma da minha mão. Já quis conhecer o mundo, já quis que o mundo me conhecesse. Já quis ser do mundo e quis que o mundo fosse meu. Hoje, só quero paz. Respirar em paz, andar em paz, dormir em paz. Só quero paz. Só quero ter paz em paz.

R.L.A.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Tem gente...

"Tem gente que lê livros de auto-ajuda.
Tem gente que espera.
Tem gente que acha que é sorte.
Tem gente que tem esperança.
Tem gente que acha que cai do céu.
Tem gente que escolhe o caminho mais fácil.
Tem gente que acredita em duendes.
Tem gente que se enrola.
Tem gente que não dá a cara pra bater.

E tem gente como eu: que batalha, que conquista, que tem orgulho do que faz."



- Propaganda da UNICSUL.

Estômago.

"A maior dor era em algum lugar do meu estômago. As pessoas falam em dor de cotovelo e de coração partido, mas eu sinto essas coisas mais no estômago. E, naquela manhã, como meu estômago doía! A sensação era que ele tinha cuspido na minha cara. Primeiro cuspiu e depois me deu um tapa. Chegava a sentir o ardido da mão aberta dele no meu rosto. Acho que nunca tinha me sentido tão rejeitada. Não sabia se algum dia iria conseguir confiar em alguém de novo. Eu também tinha medo de outra coisa - tento não sentir medo, mas acho que temo mais as coisas emocionais que as físicas. O que estava me dando medo era que ele tentasse botar a culpa em mim pelo que tinha acontecido."


(Amanhã - Vingança em chamas. - John Marsden)

terça-feira, 6 de julho de 2010

Minha bolha de liberdade

Mas que saco, esse negócio de sociedade humanamente civilizada! Não aguento mais dever satisfação, fazer por obrigação, ir onde não quero, falar o que não tenho vontade. Não aguento mais não poder ir, falar, fazer o que me dá na telha. É sério, às vezes (muitas vezes) eu tenho vontade de largar tudo e todos para trás e ir morar em um iglu lá no Alaska, em uma cabana lá no Saara ou em uma casinha lá no alto da colina. Como eu queria um período de plena liberdade! Talvez até um período de plena solidão, em que eu pudesse tudo. Queria viver em uma bolha, onde ninguém enchesse minha paciência, onde eu pudesse ficar invisível. Uma bolha à prova de som, à prova de visão, tato e olfato. Queria sumir do planeta, e que ninguém notasse minha falta. E que todos ficassem cientes de que eu só voltaria quando me encontrasse. Só quando eu me encontrasse, eu iria sair da minha bolha particular.

R.L.A.

Hoje, aprendi.

Hoje, aprendi a respeitar. Aprendi que valorizando, posso ser valorizada. Aprendi, também, que oportunidades surgem quando damos oportunidade. Aprendi que o amor é engraçado e indecifrável, além de ridiculamente delicioso e deliciosamente ridículo. Aprendi que nem sempre a primeira impressão é a que fica, que algumas pessoas são difíceis de decodificar e que o mundo é uma surreal roda gigante. Hoje, aprendi a não ter medo e aprendi a chorar. Aprendi a me cuidar, aprendi a olhar de outra forma, aprendi o quanto é bom tagarelar e ouvir tagarelices. Ah, hoje... Hoje aprendi a escrever estúpidas cartas de pura paixonite, aprendi a me entregar, a confiar, a ter boas ideias. Hoje, aprendi a ficar quieta e a encaixar palavras. Aprendi a me apegar, a me desapegar, a aproveitar. Aprendi a aprender. Aprendi que a vida é uma eterna partida de xadrez, e é a Rainha a peça que eu vou ser.

R.L.A.