Let's travel?

Let's travel?
Entre sem bater.

domingo, 25 de outubro de 2009

Expressar. Executar. Exceler. Exaurir.

Luxo? Lixo. Intensidade? Exaustão. Verdade? Farsa. Escolha? Renúncia. Força? Perda. Melhor? Equivalente. Suficiente? Demasiado. Cômodo? Incômodo. Lei? Lenda. Liberto? Preso. Transparência? Ilusão. Pleno? Vazio. Perfeição? Falha. Suave? Áspero. Descanso? Cansa. Sanidade? Podridão. Grito? Inaudível. Provém? Não vem. Santo? Réu. Sutil? Grotesco. Simples? Complexo. Inocente? Culpado. Amor? Patologia. Admirável? Repugnante. Precípuo? Vão. Possível? Inviável. Venerar? Invejar. Leal? Obstante. Curado? Ferido. E quanto ao luxo? Lixo.

R.L.A.

(Esse texto fez parte de um trabalho de filosofia um tanto quanto difícil de compreender.)

domingo, 18 de outubro de 2009

O eu que existe em mim sintetizado por mim mesma.

Como viver e sobreviver sem realmente se conhecer? O que se deve fazer quando se é alguém que se dá bem com as exatas mas um ímã te puxa pras Letras? Quando se sente uma forte atração por nutrição, mesmo não gostando de biologia? Quando não se tem a mínima aptidão pras humanas, mesmo tendo uma ânsia de descobri-las? Ter que tomar decisões tão importantes com tão pouca idade é complicado, isso é fato. Afinal, o mundo está em constantes mudanças. “Tudo muda, tudo troca de lugar. O filme é o mesmo, só o elenco que tem que mudar.” A protagonista? Hum, uma meninaquasemulher que desejaria suas unhas compridas, mas é onicofágica; que desejaria ser loira, mas é morena, e vice-versa; que desejaria seu cabelo até a cintura, mas passa a tesoura; que desejaria ter menos de 1,70 de vez em quando pra poder subir no salto sem ser uma cabeça acima do nível da multidão. Uma adolescente do século XXI que não fala no telefone, não usa batom nem tem calças da M. Officer. Não sai sem lápis no olho, adora salto e pinta as unhas mais de duas vezes por semana. É apaixonada por tudo o que é verdadeiro, embora o conceito “VERDADE’’ não seja algo muito claro em sua mente. Sempre vê ambos os lados da situação, mesmo quando a vontade é se revoltar. Ri, mesmo que a vontade seja chorar. Cala, mesmo quando a vontade é berrar. Tenta amar sem expectativas, embora quase sempre fracasse. Ajuda quando pode, equilibra, fala mais do que deve, muitas vezes magoa e decepciona. Orgulhosa; às vezes egocêntrica; diferente em cada lugar, situação e circunstância. Age por impulso, se arrepende ocasionalmente, é ansiosa e tem vontade de abraçar o mundo. Sofre calada, disfarça as emoções e chora com livros e filmes. Tem pressa de viver. Diz o que pensa. Diz que filosofia é inútil e que odeia tudo o que é a ela relacionado. Mas, como sabemos, o amor e o ódio andam de mãos dadas, e o que faz ela, senão estar aqui filosofando?

R.L.A.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Por que começar?

Nem tudo nessa vida precisa essencialmente, necessariamente, obrigatoriamente de um porquê. Mas vamos tentar. Quando senti que a minha casa começou a ficar apertada, eu tive que arranjar uma forma de esvaí-la. Afinal, são muitos pensamentos. Pensamentos nascidos dentro da própria casa, pensamentos provenientes de portas de outras casas, que entraram pelas janelas da minha casa e aqui estão, confundidos com os demais e muito, muito apertados. Uma boa forma de abrir a casa e deixá-los escapar, sem ser necessariamente pela porta, talvez seja escrever. Eis aí um ótimo motivo para este começo. Não, não tenho expectativa de ser lida, muito menos de ser compreendida. Quero apenas deixar os pensamentos escaparem e abrir mais espaço em minha casa para que novos possam nascer e entrar.
Será a idade? As condições? A estrutura? O fato de ser observadora demasiadamente? Ser muito pensativa? Querer achar fórmulas respostas pra tudo? A cisma de querer catalogar os seres humanos? Ou a junção de tudo isso que me faz ser tão confusa e perdida dentro de mim mesma? Talvez relatando alguns pensamentos eu consiga me encontrar, ou pelo menos ter algum clareamento mental. Eu ser libriana não ajuda muito... Afinal os típicos librianos "não sabem se casam ou se compram uma bicicleta", e é exatamente assim que eu me sinto, sempre.

R.L.A.