Nem tudo nessa vida precisa essencialmente, necessariamente, obrigatoriamente de um porquê. Mas vamos tentar. Quando senti que a minha casa começou a ficar apertada, eu tive que arranjar uma forma de esvaí-la. Afinal, são muitos pensamentos. Pensamentos nascidos dentro da própria casa, pensamentos provenientes de portas de outras casas, que entraram pelas janelas da minha casa e aqui estão, confundidos com os demais e muito, muito apertados. Uma boa forma de abrir a casa e deixá-los escapar, sem ser necessariamente pela porta, talvez seja escrever. Eis aí um ótimo motivo para este começo. Não, não tenho expectativa de ser lida, muito menos de ser compreendida. Quero apenas deixar os pensamentos escaparem e abrir mais espaço em minha casa para que novos possam nascer e entrar.
Será a idade? As condições? A estrutura? O fato de ser observadora demasiadamente? Ser muito pensativa? Querer achar fórmulas respostas pra tudo? A cisma de querer catalogar os seres humanos? Ou a junção de tudo isso que me faz ser tão confusa e perdida dentro de mim mesma? Talvez relatando alguns pensamentos eu consiga me encontrar, ou pelo menos ter algum clareamento mental. Eu ser libriana não ajuda muito... Afinal os típicos librianos "não sabem se casam ou se compram uma bicicleta", e é exatamente assim que eu me sinto, sempre.
R.L.A.
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