Uma hora a gente simplesmente pára. É como se alguém apertasse um botão em nossas costas e isso nos desse o poder de arbitrarmos nossas próprias vidas. Olhamos ao redor e nos deparamos com um mundo no piloto-automático, pessoas, corpos sem alma, realizando diariamente as mesmas tarefas, nos mesmos horários, nos mesmos lugares. Para que ou por que fazem, ah, isso nem elas mesmas sabem. Apenas fazem... são pessoas automatizadas a ponto de checar as horas no pulso mesmo quando estão sem o relógio. Bom, é muito mais cômodo fazer algo de que não se gosta, por mais esforço que fazê-lo exija, do que pensar, refletir, questionar, procurar meios para possíveis mudanças. A vida humana foi se tornando um ciclo vicioso aparentemente irreversível. A sensibilidade, aos poucos, foi se lançando ao espaço - quem tem tempo, hoje, para se sensibilizar com a morte, que dirá com a vida? - Morte, vida, tempo... palavras tão comuns! Afinal, o que são mil pessoas morrendo em outro continente, outro bairro que seja, o que é uma flor desabrochando, um sol nascendo, um reflexo da lua no mar? O que são cinco minutos? Os propósitos e os valores se dissolveram como sal de iodo em água doce. As noções de gentileza, honestidade, equilíbrio, justiça e igualdade hoje pareces ridículas. Melhor nem comentar sobre RESPEITO... Como exigir respeito aos demais quando nem por si próprio há? Enquanto comuns deviam ser as ideias de homossexualidade ou diferença de idade e raça, o que há é uma total inversão de conceitos e pré-conceitos. Mas é tanto esforço sorrir, abraçar, emprestar palavras de conforto e carinho... tão mais fácil gritar, xingar, bater e falar mal! Tão mais fácil desejar o mal! Se pra eu estar bem você tem de estar mal, então te quero muito, muito mal... MEDÍOCRE RAÇA HUMANA!
Seria tão bom se o botão nas costas de cada um fosse apertado tão cedo ao nascer... talvez houvesse mais amor, menos descaso.
R.L.A.
opa opa!!
ResponderExcluirconcordo Rafa!!
escreveste de um jeito simples mas verdadeiro.
é a pura realidade!
=*