"If there's just one piece of advice I can give you,
it's this: when there's something you really want,
fight for it, don't give up.
No matter how hopeless it seems,
because the best things in life,
they don't come free."
Let's travel?
domingo, 31 de outubro de 2010
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Loucura?
"Se a própria vida não tem sentido, o que é a loucura? Talvez, o cotidiano seja loucura. Talvez, renunciar aos sonhos seja loucura. Lucidez em demasia pode ser loucura! Mas a maior loucura de todas é ver a vida como ela é, e não como deveria ser".
(Homem de La Mancha - Dom Quixote)
(Homem de La Mancha - Dom Quixote)
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Colinas como elefantes brancos (trecho)
"- E você quer mesmo?
- Acho que é a melhor coisa a fazer. Mas não quero que você faça se você não quiser mesmo.
- Mas se eu fizer isso você vai ficar feliz e as coisas vão ser como eram e você vai me amar?
- Eu amo você agora mesmo. Você sabe que eu amo.
- Eu sei. Mas se eu fizer vai voltar a ser bom quando eu digo que as coisas parecem elefantes brancos, você vai gostar?”
- Vou adorar. Eu adoro agora mesmo, só não consigo pensar nisso. Você sabe como eu
sou quando fico preocupado.
- Se eu fizer você não vai ficar preocupado?
- Não vou ficar preocupado porque é tudo muito simples.
- Então eu faço. Porque eu não me importo comigo.
- Como assim?
- Eu não me importo comigo.
- Bem, eu me importo com você.
- Ah, sei. Mas eu não me importo comigo. E vou fazer e tudo vai ficar bem.
- Não quero que você faça se é isso que você sente.
A moça se levantou e andou até o fim da estação. Em frente, do outro lado, havia campos de trigo e árvores ao longo das margens do Ebro. Ao longe, para lá do rio, estavam as montanhas. A sombra de uma nuvem atravessou o campo de trigo e ela viu o rio entre as árvores.
- E nós poderíamos ter tudo isso”, ela disse. “E nós poderíamos ter tudo e todo dia fazer coisas ainda mais impossíveis.
- O que você disse?
- Disse que nós poderíamos ter tudo.
- Nós podemos ter tudo.
- Não, não podemos.
- Podemos ter o mundo todo.
- Não, não podemos.
- Podemos ir para qualquer lugar.
- Não, não podemos. Já não é nosso.
- É nosso.
- Não, não é. E depois que tiram, você nunca mais pega de volta.
- Mas ninguém tirou nada.
- Vamos ver.
- Volte aqui para a sombra, ele disse. Não se sinta assim.
- Não estou sentindo nada, a moça disse. É só que eu sei.
- Você tem que entender, ele disse, que eu não quero que você faça se você não quiser fazer. Estou perfeitamente disposto a seguir adiante se isso fizer diferença para você.
- Não faz diferença para você? Podíamos seguir adiante.
- É claro que faz. Mas eu não quero ninguém além de você. Não quero mais ninguém.
- Você faria uma coisa por mim?
- Faria qualquer coisa por você.
- Você pode parar de falar, por favor, por favor, por favor?
Ele não disse nada mas olhou para as malas encostadas na mureta da estação."
- Acho que é a melhor coisa a fazer. Mas não quero que você faça se você não quiser mesmo.
- Mas se eu fizer isso você vai ficar feliz e as coisas vão ser como eram e você vai me amar?
- Eu amo você agora mesmo. Você sabe que eu amo.
- Eu sei. Mas se eu fizer vai voltar a ser bom quando eu digo que as coisas parecem elefantes brancos, você vai gostar?”
- Vou adorar. Eu adoro agora mesmo, só não consigo pensar nisso. Você sabe como eu
sou quando fico preocupado.
- Se eu fizer você não vai ficar preocupado?
- Não vou ficar preocupado porque é tudo muito simples.
- Então eu faço. Porque eu não me importo comigo.
- Como assim?
- Eu não me importo comigo.
- Bem, eu me importo com você.
- Ah, sei. Mas eu não me importo comigo. E vou fazer e tudo vai ficar bem.
- Não quero que você faça se é isso que você sente.
A moça se levantou e andou até o fim da estação. Em frente, do outro lado, havia campos de trigo e árvores ao longo das margens do Ebro. Ao longe, para lá do rio, estavam as montanhas. A sombra de uma nuvem atravessou o campo de trigo e ela viu o rio entre as árvores.
- E nós poderíamos ter tudo isso”, ela disse. “E nós poderíamos ter tudo e todo dia fazer coisas ainda mais impossíveis.
- O que você disse?
- Disse que nós poderíamos ter tudo.
- Nós podemos ter tudo.
- Não, não podemos.
- Podemos ter o mundo todo.
- Não, não podemos.
- Podemos ir para qualquer lugar.
- Não, não podemos. Já não é nosso.
- É nosso.
- Não, não é. E depois que tiram, você nunca mais pega de volta.
- Mas ninguém tirou nada.
- Vamos ver.
- Volte aqui para a sombra, ele disse. Não se sinta assim.
- Não estou sentindo nada, a moça disse. É só que eu sei.
- Você tem que entender, ele disse, que eu não quero que você faça se você não quiser fazer. Estou perfeitamente disposto a seguir adiante se isso fizer diferença para você.
- Não faz diferença para você? Podíamos seguir adiante.
- É claro que faz. Mas eu não quero ninguém além de você. Não quero mais ninguém.
- Você faria uma coisa por mim?
- Faria qualquer coisa por você.
- Você pode parar de falar, por favor, por favor, por favor?
Ele não disse nada mas olhou para as malas encostadas na mureta da estação."
Depois do baile (trechinho)
"Como sempre acontece depois que uma gota escorre de uma garrafa e todo o seu conteúdo derrama-se aos borbotões, assim meu amor por ele libertou toda a capacidade de amar que eu trazia escondida na alma. Eu abraçaria o mundo todo com meu amor. [...] Apesar de parecer infinita, minha felicidade crescia, crescia a cada minuto".
- Para meu (não mais) secreto "ele".
- Para meu (não mais) secreto "ele".
Pollyana {trechinho}
“Pollyana gritou apavorada:
- Oh, tia Polly, a senhora não me deixou tempo nenhum para – para viver.
- Para viver? Que quer dizer com isso? Como se não estivesse vivendo o tempo todo.
- Oh, estou respirando o tempo todo, mas fazer isso não é estar vivendo, tia Polly. A senhora respira todo o tempo que está dormindo e quem dorme não vive. Quero dizer vivendo, isto é, fazendo coisas de que a gente gosta, como brincar lá fora, ler para mim mesma, subir ao morro, conversar com o senhor Tom e Nancy no jardim, e saber tudo a respeito das casas e das pessoas que moram nas lindas ruas por onde passei. Isso é o que eu chamo de viver, tia Polly. Respirar só, não é viver.”
- Oh, tia Polly, a senhora não me deixou tempo nenhum para – para viver.
- Para viver? Que quer dizer com isso? Como se não estivesse vivendo o tempo todo.
- Oh, estou respirando o tempo todo, mas fazer isso não é estar vivendo, tia Polly. A senhora respira todo o tempo que está dormindo e quem dorme não vive. Quero dizer vivendo, isto é, fazendo coisas de que a gente gosta, como brincar lá fora, ler para mim mesma, subir ao morro, conversar com o senhor Tom e Nancy no jardim, e saber tudo a respeito das casas e das pessoas que moram nas lindas ruas por onde passei. Isso é o que eu chamo de viver, tia Polly. Respirar só, não é viver.”
Kew Gardens (trechinho)
"- Você às vezes pensa no passado, Eleanor?
- Por que a pergunta, Simon?
- Porque eu andei pensando no passado. Lembrei de Lily, a mulher com quem que poderia ter-me casado... Mas por que você ficou tão calada? Importa-lhe que eu pense no passado?
- Mas por que me importaria, Simon? Não pensamos todos nós no passado, num jardim com homens e mulheres sob as árvores? Não são eles o nosso próprio passado, tudo o que resta dele, esses homens e mulheres, esses fantasmas que jazem sob as árvores... nossa felicidade, nossa realidade?"
- Por que a pergunta, Simon?
- Porque eu andei pensando no passado. Lembrei de Lily, a mulher com quem que poderia ter-me casado... Mas por que você ficou tão calada? Importa-lhe que eu pense no passado?
- Mas por que me importaria, Simon? Não pensamos todos nós no passado, num jardim com homens e mulheres sob as árvores? Não são eles o nosso próprio passado, tudo o que resta dele, esses homens e mulheres, esses fantasmas que jazem sob as árvores... nossa felicidade, nossa realidade?"
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