Let's travel?

Let's travel?
Entre sem bater.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A fuga do escorpião - I

"Meu coração não batia forte, apesar da raiva. Não hesitei nas palavras. Encarei-o enquanto dizia. Sem paixão. O que pudesse estar pensando, enquanto ouvia; o que poderia dizer, quando eu calasse, não interessava. Éramos iguais. *À força de reconhecer o alicerce da minha defesa, descobri outra coisa naquele dia: tornara-me irremediavelmente adulto. Não havia retrocesso. Teria de assumir a responsabilidade de meus atos (certos ou errados). Viver com ela. A plena consciência de ser responsável por mim, no sentido mais amplo, me fez sentir a indestrutível solidão de que estava vestido. Tudo o que ocorresse do meu corpo para fora, ou de fora para dentro de mim, percorria caminhos perigosamente meus. Só meus. Não era questão de permitir que outros interferissem. Não poderiam, mesmo querendo. Eu era eu. A certeza não impediu que soasse um gongo de receio. A vibração durou o tempo de espalhar-se e diluir-se."

A fuga do escorpião - II

"Era sábado. Esperamos o dia sumir, entre vermelhos que nos chamaram a atenção, comandaram silêncio. Estávamos sentados no terraço, em cadeiras separadas. Vigiei o rosto miúdo, o sorriso estático de puro prazer de estar olhando o crepúsculo. Senti-o comigo. Em mim. Mais: eu nele. Naquele momento, quis que fôssemos um só. Sempre. Levantei-me e fui beijá-lo, ao que ele recebeu fechando os olhos. Me perguntou por que o fizera. “Porque eu pensei em nós aqui, assim, daqui a cinco anos, dez anos, vinte anos – e a ideia me pareceu muito legal.” Ele beijou minha mão em vez de responder."

A fuga do escorpião - III

"Disse que eu era a única coisa válida que lhe interessava em termos de vida. O resto que se danasse. Não permitiria, e repetiu, não permitiria que nada, nem ninguém, nos sombreasse, afligisse, carcomesse. Eu era a sua força, o que me fez estremecer, como se tivesse descoberto que o estava enganando. Suspeitei: uma das fragilidades do amor era esta necessidade de interdependência, que emprestava às metades o que, possivelmente, nem tivessem. (Ou seria a sua grande força?) Enfim, seria preciso calar quanto às minhas fraquezas, não revelar que a energia maior que ela. Se eu lhe dava o que necessitava, como ele a mim, éramos pedaços encaixados da mesma peça partida. Talvez fosse isso, então, amor. Dois formando a força de um. Sendo um. Pareceu-me pouco. E demais."

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Love is weird.

- Do you love me?
- What does it change?
- It changes lots of things.
- Like what?
- If you don't love me, I won't want something else with you. [
- And do you want it?
- I suppose I do.
- So, when you be sure about it, you tell me.
- I think I am sure. Won't you answer my question?
- Yes, I love you.
- And what about you? Do you want something else with me?
- I ever wanter it.
- No, you didn't.
- You're right, I didn't.
- So, answer my question.
- Which question?
- I won't ask you again. I am kind of shy.
- Oh, come on. If you don't ask me, I won't be able to answer it.
- Ok. So, I'll ask you again now. Do.. you.. wanna... date.. me?
- Yes, I do. But are you sure you really want it?
- Yes, I am. I love you.
- I love you, too, dearest. Maybe it's true that I can't live without you. Maybe two is better than one.

And, then, I recognised the most honest smiles I've ever seen. Love is weird.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

C.D.A.

"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade".

Wllian Shakespeare.

“Aprendi que não importa o quanto eu me importe, algumas pessoas simplesmente não se importam. Aprendi que eu posso fazer, em instantes, coisas das quais me arrependerei pelo resto da vida. Aprendi que os membros de minha família são os amigos que não me permitiram escolher. Aprendi que vou levar muito tempo para eu me tornar a pessoa que quero ser. Aprendi que eu posso ir mais longe depois de pensar que não posso mais. Aprendi que ou eu controlo meus atos ou eles me controlarão. Aprendi que só porque alguém não me ama do jeito que eu quero não significa que esse alguém não me ame com tudo que pode. Aprendi que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, tenho que aprender a perdoar a mim mesmo. Aprendi que não importa em quantos pedaços meu coração foi partido, o mundo não pára para que eu o conserte. Aprendi, apenas aprendi.”

C.F.A.

“Se não for hoje, um dia será. Algumas coisas, por mais impossíveis e malucas que pareçam, a gente sabe, bem no fundo, que foram feitas pra um dia dar certo.”