Let's travel?

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Entre sem bater.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

E eu?

É como revisitar a própria história. E ver como tudo mudou, e como tudo continua igual. É ver a somatória a que nossas vidas foram submetidas. Fomos de extremo a extremo e muitas vezes paramos no meio. Visitamos as nuvens, caímos no fundo do poço, ficamos de pé no chão. A dor da ferroada mais aguda em nosso estômago deu lugar a borboletas. As borboletas foram mortas por mais ferroadas. E novas borboletas nasceram. Tropeçamos e caímos, nos levantamos e andamos. Caímos e achamos que jamais nos levantaríamos. Levantamos e achamos que jamais cairíamos novamente. Enquanto isso o sol nasce, morre, ressuscita. Enquanto isso nossas unhas crescem, nossas rugas nascem, nossos dentes gastam. Sentimos infinitos gostos, indescritíveis sensações. Choramos de felicidade, rimos de nervoso. E rimos de alegria, e choramos de desespero. E os ponteiros não se cansam de passear pelos números do relógio. E o planeta não cansa de rodopiar. E os astros não cansam de brilhar. E eu? E eu não canso de viver.

R.L.A.

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