Let's travel?
domingo, 24 de abril de 2011
"Apesar do trauma neurológico, um inesquecível sentimento de paz inundava todo o meu ser e eu me sentia calma. Apesar de ter me alegrado naquela´percepção de conexão com tudo que é, eu repudiava a ideia de não ser mais um ser humano normal. Como existiria como um membro da raça humana com aquela acentuada percepção de que somos parte de tudo, e de que a energia da vida dentro de nós contém o poder do Universo? Como poderia me ajustar à sociedade se caminhasse na terra sem medo? Pelos padoões da maioria, eu não era mais normal. À minha maneira única, havia desafio e liberdade no reconhecimento de que nossa percepção do mundo externo e nosso relacionamento com ele são produtos do circuito neurológico. Por todos aqueles anos de vida, havia sido realmente uma farsa, um produto da minha imaginação! [...] Minha consciência ficou à deriva numa distorção do tempo, impossibilitando minha comunicação ou meu funcionamento no ritmo habitual ou aceitável da convivência social. Passei a existir em um mundo entre mundos. Não podia mais me relacionar com as pessoas do mundo exterior, mas minha vida não havia sido extinguida. Não era só uma estranheza para os que me cercavam; por dentro, eu era uma estranheza para mim mesma." (Jill Taylor)
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