"Não entendo às vezes esse papo de: encontrei minha metade da laranja, a tampa da minha panela, my missing puzzle piece. Admito que gosto de ser do contra, mas nessa questão é pura incompreensão mesmo. As pessoas sempre acreditam que não são suficientes ou boas o bastante para serem plenamente felizes sozinhas. Algumas recorrem às devoções platônicas a ícones da mídia, outras à religião e, 99% dos casos, recorre ao amor. Melhor dizendo, ao relacionamento. Essa necessidade infundada de dependência dos seres humanos quase me irrita. Amar não é depender, apoiar ou sinônimo de felicidade duradoura e perfeita. Imagine então transferir tudo isso, que por si só já não é real, para uma outra pessoa. Detalhe, uma pessoa que é um ser plausível de erro. Não dá certo. Vejo que o amor traz sensações que sozinhos não conseguimos ter. Contudo, do meu ponto de vista matemático, esse sentimento sem noção une 1 + 1 dando 1 e não 1/2 + 1/2 =1. Entende? Pessoas sozinhas podem estar satisfeitas com sua vida sem se sentirem solitárias. O amor é um adicional, um bônus, não um salário. Não menosprezo a importância do amor. Porém, não vou transformá-lo numa droga para não conseguir viver nunca mais sem. Para mim, ele é um incentivo a mais para viver. É aquele não contentar-se de contente. Sabe?"
(Giovanna Malavolta - com alterações)
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