Eu procurei em cada simples gesto, em cada palavra solta, em cada fato. Procurei achar motivos para não te querer mais. Afinal éramos tão diferentes. Dizem que os opostos se atraem, mas quando achamos alguém de quem gostamos dizemos ‘somos tão parecidos’. No nosso caso é diferente. Vivemos em mundos diferentes, temos gostos diferentes, agimos de formas diferentes. Possuimos experiências diferentes, amamos de formas diferentes. E eu comecei a me entregar. E logo em seguida comecei a temer. Entrei nas minhas típicas crises, não queria mais, queria fugir, sumir, esquecer, seguir em frente. Pra que cultivar alguém tão diferente por perto? Tentava buscar sentido, buscar palavras, buscar explicações. Nunca gostei de gostar, porque agora querer? Sempre achei ‘amor’ uma palavra tão... ilusória, boba, palavra de gente carente. Mas que não é carente lá no seu íntimo da alma? Todos nós somos . E bastante. Alguns de nós tentam disfarçar, outros choram, outros se humilham, outros se fazem de fortes. E eu escrevo, escrevo, escrevo. Escrever é tão mais fácil do que falar. Escrever para si mesmo é tão libertador. Escrever sobre você já virou tão rotineiro. Se somar meus textos de uma vida não resulta em metade dos que escrevi pensando em você. E não é como das outras vezes, em que eu sentia uma enorme insegurança... com você me sinto tão bem, você me faz tão bem. E luto contra meus próprios medos, travo uma luta contra mim mesma pra poder ter você em meus braços novamente. ‘Cuz when you are around I can even breath better. Meu melhor fluxo de consciência é você. Talvez não sejamos tão diferentes assim. Quando se trata de amor, somos todos meio iguais. Meio irracionais. E se isso não for amor, eu nunca descobrirei o que é. Nunca descobrirei o que é isso. E nem o que é o amor.
R.L.A. (about him, one more time)
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