Sabe. É. Pra mim, escrever sempre fora algo natural, inato, fácil, simples. Como tomar um copo de água, como andar pela calçada, como beijar alguém na bochecha. E aí aparece você e confunde tudo. É nessa parte que tento escrever sobre você e não consigo, apenas não consigo. Porque você é tão diferente. Você é tão... você! Foi tudo de um minuto para o outro, literalmente. Em uma quinta-feira você era apenas o carinha esquisito que andava me observando, e na sexta já era você, o meu amigo, minha alma kármica, meu inferno astral, e tudo o mais que só eu sei que você é. E dias vão passando. Cada minuto próximo faz tudo crescer, tudo...?, o que importa o que seja esse "tudo" a que nomeio? E cada conversa, cada olhar, cada pequeno toque, tudo vai me viciando. Como uma droga. “Pensando bem, eu gosto mesmo de você, pensando bem, quero dizer que amo ter te conhecido.” – isso diz exatamente o que eu sinto. Às vezes te enxergo tão acima de mim... como um gavião observaria uma formiga insignificante. Mas às vezes te enxergo tão do meu lado, tão igual, tão meu. E ao mesmo tempo nós temos medo. Medo de perder o que nem temos, medo de sentimentos que nos são estranhos, medo de sentimentos que conhecemos tão bem, medo sabemos lá do que. E que importa, não é? O que importa é que agora somos nós. I never feel like I got enough of you. Whatever, o que interessa agora é que nós somos nós, Ego Hic et Nunc, enunciativamente, e nada, nada além disso, You and I. Me and you. Us, and all of our mess.
R.L.A.
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