Let's travel?
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Do que eu gosto?
"Gosto de gente com a cabeça no lugar, com conteúdo interno, idealismo nos olhos e os dois pés na realidade. Gosto de gente que ri, gosto de gente que chora - com um telefonema, uma canção, um filme, um livro, um gesto, um abraço. Gosto de gente que ama, que sente saudade, gosto de gente que gosta de gente. Gente que admira paisagens, poeira, chuva. Gosto de gente que tem tempo para sorrir, perdoar, repartir, compartilhar. Gente que dá espaço para as emoções que vêm de dentro. Gosto de qente que gosta de fazer o que gosta. Gente que não foge de compromissos difíceis e inadiáveis, por mais desgastantes que sejam. Gente que orienta, entende, aconselha, ouve, aprende - aprende de tudo e todos. Gosto de gente de coração desarmado. Gosto de gente que erra e reconhece, cai e se levanta, se machuca e recomeça. Gosto de gente que ama, gente que ama, ama, ama. Mas do que eu gosto mesmo... é de gente."
- texto alterado livremente
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Teatro dos Vampiros
"Sempre precisei de um pouco de atenção. Acho que não sei quem sou, só sei do que não gosto. E destes dias tão estranhos, fica a poeira se escondendo pelos cantos. Esse é o nosso mundo: o que é demais nunca é o bastante. E a primeira vez é sempre a última chance. Ninguém vê onde chegamos... os assassinos estão livres, nós não estamos. E a cada hora que passa, envelhecemos dez semanas. Já entregamos o alvo e a artilharia, comparamos nossas vidas, e esperamos que um dia nossas vidas possam se encontrar. Quando me vi tendo de viver comigo, apenas, e com o mundo, você me veio como um sonho bom... e me assustei. Não sou perfeito, eu não esqueço. A riqueza que nós temos ninguém consegue perceber. E de pensar nisso tudo, eu, homem feito, tive medo e não consegui dormir. E a cada hora que passa, envelhecemos dez semanas. Já entregamos o alvo e a artilharia, comparamos nossas vidas... E, mesmo assim, não tenho pena de ninguém..."
- Legião Urbana
- Legião Urbana
Ser forte, início de semestre.
Não me sinto nem um pouco preparada para começar tudo de novo. De novo. Mais eternos meses que vão se arrastar, com todo o peso, a responsabilidade, o cansaço sem fim. Como sempre, pareço não ter forças para suportar tudo mais uma vez, mas tenho de ter. Tenho de arranjar um modo de encontrar algum tipo de prazer neste sofrer. Isso é a vida, afinal, não é? Suportar, quando tudo parece desmoronar. Quando ninguém parece suficiente para conseguir ajudar. A vida se torna uma batalha diária, contra tudo e todos mas, principal e peculiarmente, uma batalha diária contra aquele que pode ser nosso pior inimigo – nós mesmos. Aquele que pode ser capaz de colocar as maiores barreiras em nossos caminhos, aquele que pode complicar ao máximo o que poderia ser simples. Aquele que poderia nos ajudar, poderia tornar tudo leve e bonito, mas acaba colocando empecilhos onde não existe, acaba nos fazendo sentir que não estamos preparados para começar tudo de novo. De novo. A verdade é que o tempo passa e, quando percebemos, os meses não foram eternos e o peso, a responsabilidade e o cansaço nem foram tão grandes assim. Ser forte é isso. É ser forte. Mesmo sem saber que se é.
R.L.A.
R.L.A.
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
A língua dos anjos
Teríamos de enfrentar o mundo. Teríamos de ir de encontro a todo o preconceito, a todos os olhares tortos, as línguas afiadas. Seríamos eu e você, você e eu, apenas. Talvez, juntos tudo viesse a ser mais fácil. Nossa conexão teria de ser forte, muito forte, para suportar tudo o que viria contra nós. Acima de tudo, teria de haver sentimento. Um sentimento que você nunca sentiu, um sentimento com o qual eu não estou nada acostumada. Foi tudo tão inesperado. Tudo tão diferente de tudo. Apenas nós dois sabemos. Meu cúmplice. Agora me parece tão certo, tão verdadeiro, tão... nós. Talvez eu não esteja preparada... talvez seja o certo no errado, ou o errado no certo, você me confunde, você me tira do eixo, você esvazia tudo o que eu já vivi, me deixa inexperiente, me deixa tola. Me deixa apaixonada. Paixão, palavra engraçada. Palavra que eu não esperava usar, não esperava que fizesse parte da minha vida, não agora. E aí eu começo a sentir falta, abstinência de você, pensar em você, imaginar você, imaginar nós dois. E cada vez mais me parece loucura, me parece proibido, me parece bobo. Só que não há nada que eu possa fazer. Eu não quis que você entrasse na minha vida. Você simplesmente entrou, sem bater na porta, sem pedir licença, agora aqui está você, preenchendo tudo. Tudo. Mas pra viver você, eu teria de enfrentar o mundo. Teríamos de enfrentar o mundo. Você aceita, enfrentar o mundo comigo?
R.L.A.
("E mesmo sem te ver, acho até que estou indo bem. Queria até que pudesses me ver, és parte ainda do que me faz forte e, pra ser honesto, só um pouquinho infeliz... Mas tudo bem, tudo bem, tudo bem... Lá vem, lá vem, lá vem... de novo... Acho que estou gostando de alguém, e é de ti. Acho que estou gostando de alguém... e é de ti, que não me esquecerei.")
R.L.A.
("E mesmo sem te ver, acho até que estou indo bem. Queria até que pudesses me ver, és parte ainda do que me faz forte e, pra ser honesto, só um pouquinho infeliz... Mas tudo bem, tudo bem, tudo bem... Lá vem, lá vem, lá vem... de novo... Acho que estou gostando de alguém, e é de ti. Acho que estou gostando de alguém... e é de ti, que não me esquecerei.")
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Apenas mais uma de amor...
"Eu gosto tanto de você, que até prefiro esconder. Deixo assim ficar subentendido... Como uma ideia que existe na cabeça, e não tem a menor obrigação de acontecer. Eu acho tão bonito isso, de ser abstrato, a beleza é mesmo tão fugaz. É uma ideia que existe na cabeça, e não tem a menor pretensão de acontecer. Pode até parecer fraqueza, pois que seja fraqueza, então! A alegria que me dá, isso vai sem eu dizer. Se amanhã não for nada disso, caberá só a mim esquecer. O que eu ganho, o que eu perco, ninguém precisa saber."
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Mais um conflito.
Peguei meu celular. Procurei na agenda. Seu nome ainda estava lá, intacto. Selecionei. Compor mensagem instantânea. Escrevi. Escrevi tudo aquilo que ainda me resta. Tudo o que ainda não te disse. Tudo o que você nem sonha que eu sinto. Escrevi que sinto muito a sua falta. Que ainda quero entender os motivos que nos levaram a este fim. Que ainda gosto de você, gosto mesmo, que gostaria de te ter aqui. Se não como companheiro, como amigo, como conhecido, que seja. Sempre dei meu melhor a você. Sempre tentei, sempre me esforcei pra te tratar da melhor forma que eu conseguia, e não foi fácil. Confusa, chata, egoísta, sei que sou tudo isso. Escrevi pra você que ainda quero um último abraço, que ainda quero te ter aqui pra eu contar meu dia, que ainda quero você, pela metade ou por inteiro. Escrevi tudo, tudo aquilo que quero tanto que você saiba. Terminei pedindo que você jamais tenha dúvidas de que eu te amei, e ainda te amo. Quando o celular me perguntou se eu desejava enviar a mensagem, minha emoção gritou, berrou, implorou que sim. Mas minha razão finalizou a operação, sem sequer salvar nos rascunhos. E a mensagem jamais chegou, e não chegará, a você, ao seus olhos, ao seu coração.
R.L.A.
R.L.A.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Tarde demais.
Hoje tirei o dia para remexer minha vida. Minhas gavetas e minha memória. Encontrei tanta lembrança boa... parei para pensar em quanto sentimento atirei janela afora. Me deparei com tantas cartas que jamais chegaram às mãos daqueles que me inspiraram. Tantos passaram por mim e foram embora sem sequer saber o quanto foram especiais pra mim. Foram embora sem eu ter dito o quanto eu os amava, o quanto os queria bem. E eu os deixei ir. Não pedi que ficassem, não dei um abraço de despedida. Cada um deles simplesmente partiu, partiu sem olhar pra trás, partiu sem rumo, sem volta. Será que errei tanto assim? Será que teria feito diferença se eu tivesse dito o quanto cada um dominava meus sentimentos e meus pensamentos? Tudo seria diferente se ao menos uma das vezes eu tivesse deixado o orgulho guardado e arriscado tudo pra quem sabe viver uma grande paixão? Talvez, talvez. Sei que cada uma dessas cartas, escritas por meu próprio punho e contendo minhas próprias lágrimas, hoje repousam juntas, esquecidas, em minha própria gaveta. Pode ser que elas tivesses despertado sorrisos sinceros, despertado sentimentos profundos e verdadeiros, mudado o rumo de tudo... se tivessem sido entregues no tempo certo. Mas não foram. E agora, ai, agora... agora é tarde, tarde demais. O dia acabou, já remexi minha vida, minhas gavetas e minhas memórias , dúvidas surgiram e imaginações aconteceram. Mas agora, agora é tarde demais. E amanhã é um novo dia.
R.L.A.
R.L.A.
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