Peguei meu celular. Procurei na agenda. Seu nome ainda estava lá, intacto. Selecionei. Compor mensagem instantânea. Escrevi. Escrevi tudo aquilo que ainda me resta. Tudo o que ainda não te disse. Tudo o que você nem sonha que eu sinto. Escrevi que sinto muito a sua falta. Que ainda quero entender os motivos que nos levaram a este fim. Que ainda gosto de você, gosto mesmo, que gostaria de te ter aqui. Se não como companheiro, como amigo, como conhecido, que seja. Sempre dei meu melhor a você. Sempre tentei, sempre me esforcei pra te tratar da melhor forma que eu conseguia, e não foi fácil. Confusa, chata, egoísta, sei que sou tudo isso. Escrevi pra você que ainda quero um último abraço, que ainda quero te ter aqui pra eu contar meu dia, que ainda quero você, pela metade ou por inteiro. Escrevi tudo, tudo aquilo que quero tanto que você saiba. Terminei pedindo que você jamais tenha dúvidas de que eu te amei, e ainda te amo. Quando o celular me perguntou se eu desejava enviar a mensagem, minha emoção gritou, berrou, implorou que sim. Mas minha razão finalizou a operação, sem sequer salvar nos rascunhos. E a mensagem jamais chegou, e não chegará, a você, ao seus olhos, ao seu coração.
R.L.A.
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