- Amar dói, amar é difícil... - disse ela.
- Sei disso - ele respondeu.
- Amar é perigoso.
- Também sei disso. Já amei antes - suspiro. Amar é, talvez, como uma droga. Pense... No começo, tudo é euforia. Você se anima. No dia seguinte, quer um pouco mais. Ainda não se pode chamar de vício, mas já se sente prazer na sensação, e se acha que pode-se manter tudo, tudo sob controle. Pensa na pessoa por um minuto, esquece por uma hora. Aos poucos, você se acostuma com o cheiro, a textura. Vai-se criando uma certa dependência. Pensa por uma hora, esquece por um minuto. E tudo vai tomando grandes proporções. Se ela não está por perto, você procura em qualquer outra coisa algo que te sacie, sem sucesso. Como os viciados que não conseguem sua droga. Neste momento, assim como os viciados roubam, se humilham e se arriscam para conseguir o que querem, você sente como se fosse capaz de fazer qualquer coisa pelo seu amor.
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