Let's travel?

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Entre sem bater.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Ela é o caos

"Libriana. Ela é do tipo que só fica até o amanhecer se o porre foi tão grande que impossibilitou ela de ir embora, ou se a noite foi tão longa que virou dia. Dormir de conchinha é impensável, a não ser que esteja muito frio ou que ela esteja numa daquelas noites carentes. Dificilmente você a verá fazendo a limpa na balada ou festa, ela é contida, não necessita de alguém, mas acredite, quando ela quer, ela consegue. Ela é o terror das namoradas e se você namorar uma, evite grudar demais, evite se declarar demais, evite falar, ela é minuciosa e vai reparar no teu tom de voz se você aprontou ou não. Não apronte.
Possui um poder de argumentação fora do normal, quando não te convence com palavras apela para os teus sentidos, ela te convencerá a ir numa churrascaria se você for vegetariano e, se você duvida, é porque você nunca a conheceu. Dificilmente deixa seus sentimentos transparecerem, ela é sombria e na escuridão ela faz seu show, com as luzes apagadas ela te mostra que não é preciso ser à primeira vista para se apaixonar.
Não tente prendê-la, ela gosta da liberdade, se tivesse asas voaria pelo mundo e não te deixaria nada além de saudade e uma vontade imensa de acompanha-la. Você pode até tentar, mas seu ritmo é acima do normal, é necessário prática, anos de vôo para poder talvez segui-la, mas novamente, fique longe, ela gosta de espaço. Normalmente dona de uma boca que mais parece um santuário irá te fazer duvidar da existência de Deus, porque esse ser, não pode ser criação divina. Ela é o caos.
Por ser o caos ela é um prato cheio de inspiração para os meus textos, se Cazuza quer a sorte de um amor tranquilo eu quero ser azarado, quero emoção, adrenalina, alguém como ela proporcionará as melhores histórias que podem ser escritas, provavelmente envolverá álcool, unhas e dentes. Por ser difícil dela ficar mais do que uma noite estar com ela é um desafio, e eu sempre gostei de desafios, não é por nada, mas monotonia me cansa, sempre fui o tipo de pessoa que deixava para tirar aquele 9,5 em matemática na última prova do ano, gosto da emoção e emoção é seu apelido. Ela é libriana. Ela é o caos. E como eu amo isso."

domingo, 21 de fevereiro de 2016

"Pessoas são estranhas" - parte II

Sim, como eu já disse, essa é uma das frases que fazem mais sentido para mim: "pessoas são estranhas". Pessoas são imprevisíveis, não fazem por mal. Apenas são mutáveis de um modo que não dá pra entender. Eu sou uma pessoa, me incluo nisso. Também sou estranha e tenho jeitos estranhos de amar e me relacionar. Mesmo estudando incansavelmente a mente humana, existem muitas coisas que não dá pra explicar ou entender. Hoje em dia me conformo mais com isso. Antes, eu sofria quando perdiam o interesse por mim. Tinha absoluta certeza de que o problema era eu, e tentava entender cada detalhe para poder mudar e me consertar. Que imaturidade. Hoje entendo que não, o problema não sou eu. Simplesmente algumas coisas não são para ser, e pronto. Como neste caso, por exemplo. Ele perdeu o interesse por mim, antes de eu perder meu interesse por ele. Acontece! Fazer o que? Não vou ficar sofrendo tentando compreender ou tentando mudar em mim aquilo que eu suponho que tenha sido o motivo. Eu aprendi a aceitar. Aceitar o que vier. Aceitar o que for embora. Não vou correr atrás, seja por orgulho ou por mero amor-próprio, a vida me mostrou que não adianta e não vale a pena. O que é pra acontecer simplesmente acontece, a vida dá um jeito. Não precisamos nos preocupar em tentar mexer os pauzinhos, não. Sim, ele perdeu o interesse. Isso dói? Dói um pouco, sim. Mas o que eu vou fazer? Vou ficar sofrendo? Vou ficar catando mil defeitos em mim mesma que justifiquem a falta de interesse dele? Não, não irei. Irei aceitar que era pra ser assim, irei aceitar e permitir que ele vá. Pessoas são estranhas e ele é uma pessoa. Uma pessoa que, estranhamente, e de repente, resolveu partir. Mas quando a gente aprende a aceitar, claro que a partida dói, sim, mas dói bem menos. E aquela frase clichê passa a fazer todo o sentido do mundo: "Aceita. Aceita que dói menos". 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

"Aceitar"


Aceite o que vier. Você só recebe o que é pra ser seu. Seja bom, seja ruim, se veio até você, é porque é pra ser seu. Na vida, a gente passa exatamente por aquilo que devemos passar. Por isso, digo e repito: aceite. Aceita que dói menos, assim, sem concordância, mesmo. Só aceita. Aceita que dói menos.