Se amar for se sujeitar, me desculpa, mas a isso eu não vou me adaptar.
Se amar for aceitar sem questionar, se for ser invadido, se for deixar-se de lado em alguns momentos, não vou me adaptar.
Se amar for colocar-se às vezes em segundo plano, for fingir que gosta de algo só pra deixar o outro feliz, se for fazer o que não quer pra agradar ou pra ser companheiro, não vou me adaptar.
Se amar for isso, que gera uma dorzinha lá no fundo do peito, uma sensação de vazio na ausência do outro, uma falta de ar, não vou me adaptar.
Se amar for viver em uma corda banda, pendendo pra um lado e pro outro, no calor e na dor, não vou me adaptar.
Se com o amor vier o ciúme, a angústia, e a incerteza, não vou me adaptar.
Mas sim. O amor é tudo isso e uma outra infinidade de mistura de sentimentos e fatos, o sim e o não, o A e o B, o fogo e o gelo, o eu e o outro, uma hora eu, uma hora o outro, o sufocamento e a explosão. Querendo ou não, o amor faz parte da vida e parte de nós. Não vou me adaptar? Vou, vou sim. Vou ter que me adaptar. Uma hora ele vai chegar, e eu vou me adaptar.
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