Ele me levou pras nuvens... e me jogou lá de cima.
Ele me encontrou em um momento em que eu estava péssima. Com uma corda larga e forte, me tirou do fundo do poço. E aí foi me levando lá pras alturas... Em um lugar tão lindo que eu já nem imaginava que poderia existir. Ele me fez tão feliz em tão pouco tempo. Ele me fez querer ficar só dentro daquele abraço, me fez querer que o tempo congelasse em cada momento em que meu corpo estava junto ao dele. Ele me mostrou que eu ainda era capaz de amar, de amar de verdade, amar com todas as forças que existem dentro de mim. Ele me mostrou que eu ainda tinha dentro de mim um lado tão amável que eu mesma já nem conhecia. Foi assim por algumas semanas. De 23 de julho até 23 de dezembro... em dezembro as coisas começaram a mudar, tão rápido e tão cedo. A vida mudou. A rotina mudou. Ele se formou aqui, foi trabalhar em outra cidade, até aí, achamos que íamos dar conta... e talvez tivéssemos dado, mesmo. 23 de dezembro, a primeira pequena discussão. Eu já não conseguia reconhecer nele aquele menino puro que me demonstrou tanto amor. E se eu tivesse tido mais paciência? Hoje eu enxergo. Fui impulsiva, e daí pra frente eu só piorei. Eu aumentando a cobrança e ele só se afastando, aos poucos, e sem reclamar. Eu querendo uma atenção que ele já não conseguia me dar. E ele, confuso, sem tempo, meio sem vontade, não sei. Fomos levando. Chegou o dia de eu voltar pra Academia, 07 de janeiro. Que falta enorme ele me fazia. Eu procurava por ele nos corredores, nas salas, nos pelotões. Mas ele não estava mais aqui... já não havia aqueles olhares se procurando a todo momento, já não tinha aqueles olhos verdes cruzando com os meus quando eu menos esperava, já não tinha chocolate-surpresa no meu plantão, já não tinha mensagem de bom dia, já não tinha mais nada disso. E eu só querendo mais e mais a presença dele, e ele só se afastando mais e mais. Por que tínhamos que chegar a esse ponto? Faltou conversa? Faltou amor? Eu não sei e agora não adianta mais. Ele tomou a decisão dele. "Já não me vejo mais com você", foi o que eu ouvi. Essas palavras ecoam na minha mente de uma forma destruidora. Eu ainda amo tanto, mas tanto ele. Eu ainda quero tanto, mas tanto, ele. Agora é dar tempo ao tempo, tempo para me cicatrizar, tempo para eu entender que realmente acabou, deixar as fichas caírem aos poucos e enquanto isso ir sentindo a falta dele a cada milésimo de segundo. Eu só queria voltar no tempo, olhar naqueles olhos verdes novamente, me encaixar naquele abraço e dizer pra ele o quanto eu o amo, o quanto eu queria passar o resto da minha vida ao lado dele. Adeus, olhos verdes. Sejam felizes onde quer que estejam. Adeus, meu homem tão lindo. E não esquece, tá? Se a saudade apertar, eu estarei aqui. Se quiser voltar, eu estarei aqui. Sempre.
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