Let's travel?

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Entre sem bater.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

"No fundo, ninguém tem medo de amar, a gente tem medo é de sofrer. Temos medo de abrir nosso coração, desfazer as defesas que criamos e sentirmos o gosto amargo da desilusão. É o medo de ser rejeitado, traído, magoado, ignorado, enganado e machucado mais uma vez. Todo medo de “amar” é, na verdade, o reflexo de experiências passadas. É o medo da dor. É preciso dizer que o amor não dói, o amor cura. Mas se relacionar as vezes machuca. Porque não há garantias em um relacionamento. Toda relação é um descobrimento a dois, uma aventura íntima, uma dança com seu próprio ritmo e suas nuances. Não há como saber o que iremos encontrar, nem quem o outro realmente é. Toda relação é um mergulho no desconhecido do outro. Se relacionar é arriscar. Quem busca certezas para amar passa a vida sem sentir. É necessário ser um tanto sensível e vulnerável para amar. Porque só assim temos acesso a esse sentimento. Quem se fecha para ao amor por medo de sofrer se fecha para si e para a vida. Se nega o direito de ser feliz e de viver o que há de melhor em si. O passado não precisa se repetir. O medo de “amar” não faz ninguém mais feliz, não previne dores, não realiza ninguém. É preciso ter cautela no campo afetivo, separar o real da ilusão, alimentar o amor-próprio, não delegar ao outro a responsabilidade de nos fazer feliz, perceber o ritmo das coisas, respeitar o próprio tempo, conhecer a si, conhecer ao outro, estar ciente que toda relação traz desafios e que esse não é o único campo de nossa vida. Mas acima de tudo, para amar, é preciso se permitir. Ninguém deve mergulhar no outro de olhos fechados, apenas dar um passo à frente e estar aberto ao melhor e as novas vivências. Quanto mais nos fortalecemos internamente, menos nossos medos nos dominam. Quebrar as barreiras que construímos já é o primeiro passo para que o amor possa encontrar lugar em nossas vidas."

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