“Fiquei sentada ali e, depois de um tempo, percebi que nunca havia me sentido tão sozinha em toda a minha vida. Eu queria estar cercada por todas as pessoas que eu conhecia e com quem me importava. Queria ser abraçada e confortada por elas. Mas nem sei se isso me contentaria. Percebi que bem lá no fundo de mim havia uma parte que sempre estaria sozinha: do nascimento à morte e ainda além; toda pessoa tem alguma coisa que é só dela e de mais ninguém.
Foi assustador perceber que eu tinha essa pequena parte de solidão em mim, mas acho que isso tem a ver com meu amadurecimento: saber que eu fazia parte de uma família, de uma rede de amigos, mas que isso não era tudo. Eu tinha uma existência independente das outras pessoas que me amavam e me cercavam. Era uma ideia de solidão, mas que não era necessariamente ruim.”
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