Let's travel?

Let's travel?
Entre sem bater.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

É isso.

Sempre tão cética. Sempre tão imatura. Sempre tão teimosa. Sempre tão cabeça-dura. Consigo enxergar as mudanças. Internas. Externas. Mudanças na alma. No pensamento, no sentimento, no cotidiano, no ponto de vista, na opinião, no gosto. No peso, na altura, no cabelo, no jeito, no modo de falar. Cresci. Cresci pra cima, cresci pros lados, cresci intelectualmente, cresci! Tudo o que eu fui já não me cabe agora. Lágrimas provam a sensibilidade que um dia pensei nunca existir. Assumo discursos que um dia pensei que jamais assumiria. Às vezes me assusto. Ouvindo-me falar, olhando-me no espelho, olhando para dentro e para fora – assustador. Sempre duvidei da mudança humana, que ironia. Sempre duvidei mais ainda da minha própria mudança, que catástrofe. Mudei tanto. Para melhor, para pior, para simplesmente ser diferente de alguma forma. Crenças, vontades, sonhos, anseios e segredos. Sempre fui ansiosa para viver, sempre tive pressa para tudo acontecer, besteira. Tão bom viver assim, dia após dia, sem saber nada. Enquanto o lado esquerdo desespera, o lado direito ameniza, e assim eu caminho carregando meus dois lados. A beleza do amor, a sinceridade das pessoas, a delícia do incerto. Tudo em que sempre desacreditei, hoje carrego no peito. Fazer o bem sem olhar a quem – frase que sempre achei tão ridícula. Só tenho tamanho, é o que dizem. E é no que eu acredito. Escrevo e não leio. Deixo que a inconsciência fale por mim, e a consciência aja por mim. O discurso me atravessa, assume minha voz. E assim vamos caminhando, vamos observando, vamos vivendo, ah, e vamos mudando. É isso.

R.L.A.

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