Não é novidade alguma que eu nunca (nunca!) soube lidar com o tal do amor. Agora não haveria de ser diferente. Sou aquela pessoa que sempre ajuda a todos a encontrarem a sonhada felicidade, mas não consegue encontrar a própria. E que não se preocupa em procurá-la, ou não se permite consegui-la. A cada vez que um pequeno rumor de felicidade bate em minha porta, torno-me novamente inexperiente. Estrago tudo, tudinho. Tantos casos e acasos já vivi... perdi as contas. Foi amor de tudo quanto é jeito. Amor bonito, amor feio, amor eterno, amor desamor. E a cada vez, com erros iguais e erros diferentes, acabo errando. E a perda, e o choro, e a dor. Um dos lados sempre acaba repetindo toda aquela novela. E quem passou por isso raras as vezes fui eu. Na maior parte das vezes fui a vilã, a malvada, a que não presta. Quanto mal causei, a quanta lágrima assisti sorrindo. Mas como em toda vida real, o mundo gira e minha vez acaba chegando. E eu já adianto o trabalho e sofro antes mesmo de me fazerem sofrer. Já me sinto previamente usada, barata, qualquer – antes mesmo de ser colocada neste papel. O final pra mim já vem antes mesmo do começo. E claro, o final sempre é terrível e sempre dá errado. E enquanto todos aqueles lá do início ainda vivem os altos e baixos do mesmo amor e da mesma felicidade, eu ainda vivo minha eterna troca de amores e diferentes felicidades. Tanto amor que não chega sequer próximo daquilo que eu chamo de amor. Não tenho dúvidas de que o problema seja eu. E sou um problema dos grandões. Cento e setenta e dois centímetros de problema. Sabe, eu, se fosse você, ia lá viver dos altos e baixos do amor e da felicidade e me deixava aqui, vivendo do meu amor pelas palavras e da felicidade em escrevê-las... já que isso não é novidade alguma. Problema...
R.L.A.
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