Let's travel?

Let's travel?
Entre sem bater.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

 acabe com esta situação


ou ela acabará com você. 

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

muito se fala da dor que é

não caber em algum lugar, 

e ir embora.

pouco se fala da dor que é 

não caber, mas querer pertencer.

não caber, mas querer se encaixar. 

principalmente quando esse lugar 

é uma pessoa que você

ama.

muito.

sábado, 25 de janeiro de 2025

quantas vezes 

você exigiu do outro

um amor

que nem você

sentia por si?


 

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Posso perdoar quem me causou mágoas, e mesmo assim haverá dias em que recordarei algumas dores antigas, e até superadas, que ainda irão doer. Posso decidir eliminar de vez algumas pessoas da minha vida, e, ainda assim, me lembrar delas. Posso decidir aceitar o meu passado, as minhas vivências, e seguir em frente. Porém, haverá momentos em que vou olhar para trás e me questionar: por quê? Posso decidir cuidar melhor de mim, me amar mais, me sentir incrível na minha própria pele e no meu jeito de ser. Mas em várias ocasiões vou olhar no espelho, ou vou olhar para dentro de mim, e vou me sentir imperfeita, desencaixada e cheia de defeitos. Porque nem todos os dias vou conseguir me amar, nem todos os dias vou conseguir sorrir, nem todos os dias vou lembrar de agradecer pela minha vida ou pelo que tenho. Nem sempre vou conseguir perdoar, esquecer, superar ou mesmo não julgar. E sabe do melhor? Está tudo bem! A cura não é instantânea. A cura é um processo. E sei que eu preciso ter paciência comigo e com as  minhas próprias emoções. Há dores em mim e em você que são profundas, há hábitos que são antigos, há crenças que foram por muito tempo alimentadas, há vivências que marcaram muito. Perceber que algo ainda dói, que não foi superado totalmente ou que ainda temos atitudes que não são sadias não significa que regredimos, ou falhamos... significa apenas que ainda estamos no caminho. Que estamos caminhando passinho por passinho. Nesse momento, precisamos ter paciência com nós mesmos e avaliar o quanto já conseguimos melhorar. Uma planta não cresce do dia para a noite, um machucado não cicatriza em segundos, nossos sentimentos não são reformulados em instantes. Leva tempo. Tempo e trabalho. Mas os resultados chegam. Que em nossos dias ruins não esqueçamos de nos regar com doses de paciência e afeto. A cura é algo que floresce em nós um pouco mais a cada dia. Não desista do processo. Sem perceber, eu estou crescendo. Você também está crescendo. 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

o que será que é melhor: 

um mês com o coração partido

ou uma vida toda sofrendo pelo mesmo motivo?
tudo mudou - quando me entreguei
tudo fluiu - quando eu soltei
tudo chegou - quando foi a hora
tudo curou - quando eu aceitei

na próxima vez

 na próxima vez que o amor vier

evitarei as promessas

evitarei o apego

evitarei o passado

evitarei expor meus pontos fracos

evitarei permitir minhas lágrimas

e se for possível

evitarei, principalmente,

o amor. 

domingo, 19 de janeiro de 2025

hoje a casa está vazia.

mas, ao menos, não há mais cacos espalhados pelo chão. 

quando você menos esperar

essa ferida vai cicatrizar.

 A carne até os vermes tocam. 

De você, quero aquilo que o mundo não pode destruir.

Traumas traumatizam.

Você já ouviu dizer que nossos traumas servem pra nos fortalecer? Pois eu tenho uma notícia um pouco triste. Que traz uma certa desesperança e um gostinho amargo no fundo da garganta. Traumas não te fortalecem, traumas te traumatizam. Os nossos traumas despedaçaram nossos corações em pequenas partes, quase indivisíveis. E aí os momentos felizes vão colando essas partes... mas é como se fosse um copo de vidro quebrado, que você tenta colar - não fica perfeito nunca mais. Fica com vazamentos. Fica com cacos afiados prestes a cortar seu dedo. Um coração quebrado por um trauma nunca mais volta a ser inteiro de novo. O trauma te destrói. Desregula seu sistema nervoso. Seu sistema límbico, imunológico, respiratório, cardiovascular, e aqueles outros todos que a gente aprende na 5ª série. Não sei você, mas a soma dos meus traumas me fez desaprender a dormir. A respirar sem ar. A viver sentindo fisicamente a dor do meu coração pulando dentro do peito. O trauma me fez desaprender a confiar. Desaprendi também a amar. A me amar. O trauma me trouxe amargura. Engraçado, ainda dizem que o trauma fortalece... mas, em mim, o trauma roubou as forças de viver. Cheguei ao fundo do poço muitas e muitas vezes. E o bom disso tudo é que, a cada vez que eu caio no fundo do poço, fica mais fácil de achar o caminho de volta. A escalada pelas paredes do poço fica menos escorregadia. O poço cada vez parece menos gélido, menos abafado, menos assustador. Os musgos de lá já começam até a parecer acolhedores. Os monstros do poço parecem até sorrir pra mim, dizendo "você de novo?". E aí, mesmo cheia de traumas, mesmo com o coração despedaçado, aprendi a sair do poço. A subir, subir, subir, até ver a luz. Mas não pense que essa subida é fácil. Não é. Mesmo sendo a milésima vez, mesmo já sabendo o caminho de cor, mesmo conseguindo subir sem mapa e sem auxílio, a subida continua sendo excessivamente difícil. E aí, a cada vez que você sai de lá, você tem mais receio de cair, então se arrisca menos. Confia menos. Se entrega menos. Ama menos. Precisa valer muito a pena pra você ir em frente e enfrentar o risco da queda. E vou te contar um segredo: quase nunca vale.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

 abrace como se fosse a última vez

porque talvez seja

existe coisa de pele

existe coisa de alma

e existe a nossa coisa

sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

não é porque você se apaixonou pelo mar

que você deve deixar ele te afogar.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Como manter o amor? 

Admiração. Respeito. Mesmo que inconscientemente, todas as pessoas gostam disso. O sentimento de ser acolhido é natural do ser humano, independente da sua linguagem do amor. 

Demonstrar confiança e segurança na relação por meio da calma transmitida em momentos de tensão. É 50/50. Um dia você não estará bem, e eu te apoiarei. No outro dia eu não estarei bem, e também preciso de apoio. O que não dá é pra relação viver por um fio, vivendo com medo e desconfiança. Tendo os planos B, C e D na vida, pra "caso, ou quando, der errado". 

A confiança é essencial. Mas deve ser conquistada, ela não chega da noite pro dia. Especialmente quando você já a quebrou antes, seja com essa pessoa ou com qualquer outra, e ela saiba disso. Se você já errou, arque com as consequências e tenha paciência pra plantar tudo de novo. 

Valorizar esforços, até o menor deles, é muito importante. Não deixe pra valorizar apenas quando a pessoa deixar de fazer, criticando a falta daquilo que você nunca elogiou.

Desafios já vem com a vida, naturalmente. Não crie mais. Você não precisa criar dificuldades só pra se sentir vivo, ou conectado. 

A maioria das pessoas gosta de carinho e toque físico. Se esse é o caso de quem você ama, não economize. Se a relação acabar, provavelmente você vai sentir falta até dos carinhos que não deu.

Peça ajuda, peça opinião, compartilhe tudo. E quando ele fizer o mesmo, não julgue. Às vezes não queremos uma solução, queremos apenas um colo.

Seja leve. A vida por si só já é pesada demais. Elogie. E acima de tudo, ame. Não seja orgulhoso, não tenha receio de dizer que se importa, que não gostou de algo, converse, exponha. Tudo aquilo que você guarda vem à tona na pior hora.

Pra amar não há receita de bolo, mas como animais iguais em essência, podemos dizer que tudo fica mais fácil se facilitarmos. 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

"No fundo, ninguém tem medo de amar, a gente tem medo é de sofrer. Temos medo de abrir nosso coração, desfazer as defesas que criamos e sentirmos o gosto amargo da desilusão. É o medo de ser rejeitado, traído, magoado, ignorado, enganado e machucado mais uma vez. Todo medo de “amar” é, na verdade, o reflexo de experiências passadas. É o medo da dor. É preciso dizer que o amor não dói, o amor cura. Mas se relacionar as vezes machuca. Porque não há garantias em um relacionamento. Toda relação é um descobrimento a dois, uma aventura íntima, uma dança com seu próprio ritmo e suas nuances. Não há como saber o que iremos encontrar, nem quem o outro realmente é. Toda relação é um mergulho no desconhecido do outro. Se relacionar é arriscar. Quem busca certezas para amar passa a vida sem sentir. É necessário ser um tanto sensível e vulnerável para amar. Porque só assim temos acesso a esse sentimento. Quem se fecha para ao amor por medo de sofrer se fecha para si e para a vida. Se nega o direito de ser feliz e de viver o que há de melhor em si. O passado não precisa se repetir. O medo de “amar” não faz ninguém mais feliz, não previne dores, não realiza ninguém. É preciso ter cautela no campo afetivo, separar o real da ilusão, alimentar o amor-próprio, não delegar ao outro a responsabilidade de nos fazer feliz, perceber o ritmo das coisas, respeitar o próprio tempo, conhecer a si, conhecer ao outro, estar ciente que toda relação traz desafios e que esse não é o único campo de nossa vida. Mas acima de tudo, para amar, é preciso se permitir. Ninguém deve mergulhar no outro de olhos fechados, apenas dar um passo à frente e estar aberto ao melhor e as novas vivências. Quanto mais nos fortalecemos internamente, menos nossos medos nos dominam. Quebrar as barreiras que construímos já é o primeiro passo para que o amor possa encontrar lugar em nossas vidas."