Let's travel?

Let's travel?
Entre sem bater.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

"O fato de em seus sonhos não existir o 'Felizes Para Sempre' não faz com que o 'Felizes' não apareça. Ou não se realize."

- Giovanna Malavolta (Diferenças Semelhantes)
Eu? Eu não sei ser delicada, eu falo sem parar, eu atravesso fora da faixa de pedestres. Eu não gosto de cavalheirismos, eu não meço palavras, eu como demais e com muito catchup. Eu falo palavrão, eu não admito que me banquem, eu não sou tão inteligente. E nem sou tão esforçada, não levo nada à sério, eu não sei falar francês. Eu tenho meus surtos, não sou tão fã de poesia e sou seu inferno astral. Menino, qual é o seu problema?

"Hoje em dia as pessoas têm medo de si próprias.
Esqueceram o maior de todos os deveres: o dever para consigo mesmas.
É verdade que são caridosas...
Alimentam os esfomeados e vestem os pobres.
Mas as suas próprias almas morrem de fome e estão nuas.
A coragem desapareceu da nossa raça...
E, se calhar, nunca a tivemos realmente."

Oscar Wilde.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Receio de tudo.
Desconfiança de todos.
Auto-controle a rédeas curtas.
Uma linha de pensamento a ser seguida.
Um programa de sentimento a ser cumprido.
Medidas pré-tiradas.
Regras internas.
Enredo criado.
E agora vem você...
E simplesmente me desfaz.

Dome, Mode, Demo, Medo.

Sempre tive alguns medos. Medo do inimaginável futuro, medo das assombrações do passado, medo do passar do tempo. Medo dos meus pensamentos, medo dos meus sentimentos, e acima de todos os meus medo, sempre tive medo de sentir medo. Enquanto muitos temem a morte, eu só temo a vida. Enquanto muitos temem assaltantes, estupradores... eu só temo a humanidade. Nunca temi o escuro e nem as baratas. Equanto as outras crianças choravam, eu achava engraçada a palavra "bicho-papão" e sempre tive vontade e fazer algumas perguntas ao homem-do-saco. Nunca deixei de passear no parque com medo do maníaco. Quando se falava em chupa-cabra eu apenas imaginava qual seria o aspecto físico de uma cabra. E os ETs? Ah, eu sempre quis ter um ET de estimação. Creio que meus medos sejam diferentes. Medos abstratos. Uma barata? A gente mata. O escuro? Acendemos a luz. Mas como resolver o medo dos fantasmas que habitam a própria escuridão da mente? Como não temer o futuro, o desconhecido, o intocável? Qual a resolução para o "medo de ter medo"? Como desfazer o paradoxo? Oh shit.

terça-feira, 26 de abril de 2011

"Qual a melhor forma de te alegrar?
Qual o melhor jeito pra te ver feliz?
Como é que eu falo pra não ter que errar?
Como eu aprendo com o que eu nunca fiz?
Eu sei que os meus defeitos são grandes demais.
Que eu sempre falto no que satisfaz, e ainda desafino no final.
Eu sei que tudo isso tem uma razão.
Pra tudo tem que haver a solução, e a minha foi achar você.
Vem que eu te espero, e eu quero te dar todo o meu medo e meu jeito de amar."

segunda-feira, 25 de abril de 2011

"Por que esperar se podemos começar tudo de novo, agora mesmo?
A humanidade é desumana, mas ainda temos chance.
O sol nasce pra todos, só não sabe quem não quer.
Quando o sol bater na janela do teu quarto, lembra e vê que o caminho é um só.
Até bem pouco tempo atrás, poderíamos mudar o mundo...
Quem roubou nossa coragem?
Tudo é dor, e toda dor vem do desejo de não sentimos dor."
"Você apareceu do nada, e você mexeu demais comigo.
Não quero ser só mais um amigo.
Você nunca me viu sozinho, e você nunca me ouviu chorar.
Não dá pra imaginar quando é cedo, ou tarde demais, pra dizer adeus ou pra dizer jamais.
Às vezes fico assim, pensando... Essa distância é tão ruim!
Porque você não vem pra mim?"
"Que tal abrir a porta do dia, entrar sem pedir licença?
Sem parar pra pensar, pensar em nada…
Legal ficar sorrindo à toa, sorrir para qualquer pessoa, andar sem rumo na rua.
Pra viver e pra ver, não é preciso muito.
Atenção, a lição está em cada gesto. Tá no mar, tá no ar, no brilho dos seus olhos.
Eu não quero tudo de uma vez, eu só tenho um simples desejo.
Hoje, eu só quero que o dia termine bem
Hoje, eu só quero que o dia termine muito bem."

"Paz deve ser o lugar de onde partimos, não o lugar que tentamos conquistar." (Jerry Jesseph)
"Descobri que a vida é muito curta para ser infestada com sentimento do passado." (Jill Taylor)

domingo, 24 de abril de 2011

Força

"Ela, certa vez, perguntou-me qual palavra vinha em minha mente ao lembrar de sua essência. Sem hesitar, pensei: "Força". Foi tudo o que ela me deu desde que entrou em minha vida. Desde detalhes singelos como um: "Eu sei que você consegue." em ensaios teatrais em que eu mesma desacreditei de minha capacidade, até todas as vezes que afirmou gostar do que escrevo. É uma força que me inspira, que me faz continuar, que me faz buscar sempre melhorar, mais e mais. Uma força que talvez ela nem saiba que exista. Contudo, outras tantas palavras invadem meus pensamentos quando penso sobre sua personalidade encantadora. Sinceridade, uma virtude. Duvidar, um vício. Uma libriana um tanto quanto indecisa, entre amar ou não, eis a questão. Uma amiga que segue exatamente a regra dos amigos "estrela". Brilha em meu céu independentemente de onde eu esteja. Desejo todos os dias, que esse brilho nunca se apague, afinal, é um de meus referenciais. Afinal, quando ela brilha mais forte, eu brilho mais forte. Sua felicidade me contagia, e por mais que o tempo passe, não me sinto constrangida para repartir minhas dúvidas, histórias e críticas. Ela sempre me deixou muito a vontade, por isso é o tipo de pessoa que jamais precisará mudar, eu irei me adaptar ao seu jeito. Um de meus anjos da guarda. Uma das irmãs que pude escolher. Uma amiga que eu protegerei de tudo, quando e onde for necessário. Um alguém que recomendo. Me encanta por ser sempre ela, sem realmente ligar para os outros. Por ter opinião formada. Por ser como é.
Ela. Rafaela."

- Giovanna Malavolta (Força)

(Orgulhosa por ser o "ela" do seu "eu". Minha irmã mais nova, minha eterna anã, minha aquariana, minha Giovanna. "Não precisa mudar, vou me adaptar ao seu jeito, aos seus costumes e defeitos.")
"Embora muitos possam acreditar que somos criaturas pensantes que sentem, biologicamente somos criaturas sensíveis que pensam." (Jill Taylor)
"Sabia que, qualquer que fosse o futuro, eu poderia enfrentá-lo com alegria no coração e estaria bem."

"Percebi que a bênção que havia recebido com essa experiência era o conhecimento de que a paz interna está acessível para qualquer um, em qualquer tempo." (Jill Taylor)
"Queria chorar como um recém-nascido arrancado de súbito do útero e imerso em um ambiente de estimulação caótica. Ficou claro que agora eu era um bebê, um recém-nascido em corpo de mulher." (Jill Taylor)
"Como uma lesma salpicada com sal, eu me desmanchava e murchava em resposta. Queria gritar, exigir que me deixassem em paz, mas minha voz permanecia calada. Eles não podiam me ouvir porque não eram capazes de ler pensamento. Desfaleci como um animal ferido, desesperada para escapar de toda aquela manipulação. Quando acordei pela primeira vez naquela tarde, fiquei chocada ao constatar que ainda estava viva." (Jill Taylor)
"Finalmente, estava livre de preocupação. [...] Isolada no fundo de um casulo com a mente silenciosa e o coração tranquilo, senti que toda minha energia se exauria. O corpo estava adormecido, e a consciência se elevou para um nível muito mais calmo de vibração. Compreendi com clareza que não era mais a coreógrafa dessa vida. Na ausência da visão, da audição, do tato, do olfato, do paladar e do medo, senti meu espírito desistir de sua ligação com esse corpo e fui libertada da dor." (Jill Taylor)
"Só a partir daquela experiência entendi realmente que todos temos a possibilidade de perdermos pedaços de nós mesmos."

"Doía como sal sobre uma ferida aberta, e eu ansiava pela inconsciência, que me livrava daquelas dolorosas manipulações. Assim, escapulia mergulhando no santuário da minha mente silenciosa..." (Jill Taylor)
"Apesar do trauma neurológico, um inesquecível sentimento de paz inundava todo o meu ser e eu me sentia calma. Apesar de ter me alegrado naquela´percepção de conexão com tudo que é, eu repudiava a ideia de não ser mais um ser humano normal. Como existiria como um membro da raça humana com aquela acentuada percepção de que somos parte de tudo, e de que a energia da vida dentro de nós contém o poder do Universo? Como poderia me ajustar à sociedade se caminhasse na terra sem medo? Pelos padoões da maioria, eu não era mais normal. À minha maneira única, havia desafio e liberdade no reconhecimento de que nossa percepção do mundo externo e nosso relacionamento com ele são produtos do circuito neurológico. Por todos aqueles anos de vida, havia sido realmente uma farsa, um produto da minha imaginação! [...] Minha consciência ficou à deriva numa distorção do tempo, impossibilitando minha comunicação ou meu funcionamento no ritmo habitual ou aceitável da convivência social. Passei a existir em um mundo entre mundos. Não podia mais me relacionar com as pessoas do mundo exterior, mas minha vida não havia sido extinguida. Não era só uma estranheza para os que me cercavam; por dentro, eu era uma estranheza para mim mesma." (Jill Taylor)
"Pela primeira vez na vida, compreendi que não era invencível."

"Sentia-me pressionada por um mundo externo que não entendia como se comunicar comigo." (Jill Taylor, "A Cientista que Curou seu Próprio Cérebro")

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Let it be.

Agora há pouco estive sentada, sozinha, em um lugar distante e pouco conhecido. À noite, um completo breu, só natureza ao redor. Como raramente faço, olhei para cima. Olhei acima da visão habitual, olhei para o céu. Eram dezenas, centenas, milhares de estrelas brilhantes. Fiquei imaginando se cada uma daquelas estrelas poderia ser uma perda que sofri. Por que não imaginar? Perdas. Oportunidades perdidas, queridos falecidos, amores acabados. Todos virando estrelas. Fiquei pensando na importância que tenho dado às coisas. Será que tenho trocado valores? Me importado com o que é pequeno e deixando passar o que é fascinante? Aquelas estrelas estavam me fascinando. O sol dando lugar ao breu estrelado estava me fascinando. Notei que venho me preocupando com o banal. Venho me importando com o mero casual. Venho remoendo o passado como se isso me valesse de algo agora. Venho pensando no futuro como se isso fosse me fazer bem agora. E a verdade é que está tudo errado. Por que não me importar mais com o agora? Por que não me fascinar com o brilho das estrelas, e não com o brilho de uma moeda? Por que não enxergar tudo pelo outro ponto de vista? Por que não deixar que tudo simplesmente aconteça? Por que não parar de sofrer antecipadamente? Por que não parar de imaginar como tudo será e simplesmente deixar que seja?


R.L.A.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Detalhes.

"Detalhes podem ser os mesmos e você acaba acreditando que foram feitos um para o outro. Ou mesmo totalmente diferentes e você simplesmente sabe que os opostos se atraem. Quando se ama tanto faz, você acaba por encontrar um ponto positivo."


- Malavolta, G. http://rascunhosdeliberdade.blogspot.com/2011/04/xi.html

quarta-feira, 20 de abril de 2011

"Eu nunca entendi realmente o amor que as pessoas dedicam umas às outras. Dinheiro, sim. Posses, sim. Mas as pessoas são tão incertas. Elas se deterioram, elas adoecem, elas morrem. Mas por isso, vale a pena morrer." (O Turista)

CONTRASTE

Ele não reclamou dos furos que tenho na orelha, ele não sugeriu que eu emagrecesse, ele não falou mal da cor do meu cabelo. Ele não pediu que eu fosse mais delicada, nem que eu falasse menos palavrão. Ele elogiou meu sorriso e me beijou quando a atriz do filme tirou a blusa. Ele me olhou com sinceridade, ele beijou minha testa com vontade, ele sorriu de verdade. Era visível que ele queria estar ali. Era risível o modo bobo como eu olhava para ele. E como eu estava encantada. Encantada com palavras? Logo eu! Encantada com um sorriso? Logo eu! Não podia ser, claro que não... Algo devia estar escondido, prestes a ser descoberto... afinal... is was... too good to be true.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

O que fazer quando a inspiração acaba? Quando a poesia não passa da segunda linha? Quando nada muda ao redor? Questionamentos eternos, verdades nunca absolutas, sentimentos sempre frágeis, falsos, facultativos. Às vezes vem a falta de sentir a vivacidade, de sentir o sangue quente correndo pelas veias, de sentir o coração pulsando alto, da respiração que que falta, que ofega. Às vezes vem a falta do cansaço do trabalho, a falta do dinheiro ganho pelo próprio suor. Às vezes vem a falta do próprio suor. E das lágrimas. A mesmice exaustiva. A pressão explosiva. As unhas roídas, o corpo flácido, os órgãos frágeis. Olhos pesados, mãos flageladas. E tudo, tudo igual. A mesma caretice, a mesma babaquice e a mesma falta do que falar. Existência e realidade... sois tão incômodas.

Eu quero, eu quero, eu quero! O quê, o quê, o quê?

Eu quero sair à noite e voltar só no outro dia. Eu quero perambular sem rumo, quero beber até passar mal. Quero viajar com amigas e viver a base de miojo. Quero beijar até perder o ar, quero rir até doer. Quero ver o sol nascer, quero ver o sol morrer, quero nem ver o sol. Quero fazer o que der na telha, quero não dever satisfação, quero não ter de ouvir "não". Só quero assumir quem eu sou... e não quero assumir as consequências que isso traria.

domingo, 17 de abril de 2011

Muita hora nessa calma.

É chegada a hora de os burros puxarem a carroça, e não o contrário. E que a metáfora se faça entender.

De nada adianta alta formação psicológica-intelectual, alto discernimento político-histórico, alto conhecimento sócio-econômico, em um mundo em que uma ideia vale uma vida, em que o lexema RESPEITO só existe nas páginas do dicionário.

Não se aceita morrer queimado por uma ideia. Mas pela possibilidade de discuti-la.

"Só sei que nada sei", já dizia o filósofo, qual mesmo? Ah, sim, Sócrates. E nós, NÓS, achamos que sabemos algo? Quem somos nós, afinal? Quem são vocês?

Processo de seleção profissional.

Pergunta fatal: "Você tem experiência?"

"Já fiz cosquinha na minha irmã pra ela parar de chorar.
Já me queimei brincando com vela. Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto. Já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista. Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora. Já passei trote por telefone. Já tomei banho de chuva e acabei me viciando. Já roubei beijo. Já confundi sentimentos. Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido. Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro, já me cortei fazendo a barba apressado, já chorei ouvindo música no ônibus.
Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer. Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas. Já subi em árvore pra roubar fruta. Já caí da escada de bunda.
Já fiz juras eternas. Já escrevi no muro da escola. Já chorei sentado no chão do banheiro, já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante.
Já corri pra não deixar alguém chorando. Já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só. Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado. Já me joguei na piscina sem vontade de voltar. Já bebi uísque até sentir dormente os meus lábios. Já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar. Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso. Já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial. Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar. Já apostei em correr descalço na rua. Já gritei de felicidade.
Já roubei rosas num enorme jardim. Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um 'para sempre' pela metade. Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol. Já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão. Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração. E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita:'Qual sua experiência?'. Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência... experiência... Será que ser 'plantador de sorrisos' é uma boa experiência? Sonhos! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos! Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta: 'Experiência? Quem a tem, se a todo o momento tudo se renova?'"

A.D.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Um fluxo de consciência...

Quando a pressão massacra. Quando o ar sufoca. Quando os pensamentos confundem e quando os sentimentos ferem. A espera desanima, a espera pela esperança, verde esperança que teima em não amadurecer. O cor-de-rosa já enjoou, as bonecas já não tem mais cabeça, os diários já não tem cadeado. Agora nada mais importa. Segredos por tanto tempo e com tanto sacrifício guardados, hoje ninguém mais quer saber. Ao redor, nada parece interessar. Planos de futuro hoje presentes, fútil presente. Tudo tão frio e decepcionante, os sonhos teriam sido pesadelos. Sonhos de um futuro que talvez não chegue, um futuro que já chegou, já passou, e jamais chegará, será eternamente futuro. O non-sense incomoda, as atitudem incomodam, as palavras incomodam, a humanidade incomoda. Homem olhar para a mulher como olha, faminto, para um pedaço suculento de carne. Amarga rotina. Mulher sendo diariamente enganada. Azeda realidade. Ambos satisfazendo-se mutuamente, jogo de azar. Doce sentimento, salgado sofrimento. Dependência. De drogas, de álcool, jogatina, cafeína, chocolate. Dependência de amor. Anseio por liberdade, por igualdade e fraternidade. Anseio por afirmação, completude, fotuna, conhecimento, felicidade (ah! que piada!) que jamais virão. Agressividade, prejuízo, injustiça, desrespeito. Permeiam! Indagações, questionamentos, perguntas não respondidas, perguntas que não possuem resposta. Por que, por quê? Por que eu, por que comigo, por que hoje, por que não? Saudade, falta, vazio, pastel de vento. Incompleto, sem-teto, indiscreto! E viva o suicídio coletivo? Ah, esse aí já ocorreu há muito, muito tempo. O suicídio interno é tão pior do que o suicídio corpóreo...


R.L.A. (aula de LP produtiva, como sempre.)

Te espero.

O gramaticalmente correto seria "espero-te", mas para nós, brasileiros tão calorosos, não teria tanto impacto quanto um objetivo TE espero. Afinal é exatamente isso que eu faço: te espero. Impacientemente e com extrema paciência, eu te espero. Meu "tu" mais perfeito e platônico. Te espero com cada partícula de força que trago dentro de mim. Sei que o dia vai chegar. Há de chegar. O dia em que encostarei minha cabeça em seu peito e, suspirando e sorrindo, direi "esperei tanto por esse momento". Espero tanto pelo momento em que te direi que esperei tanto. Sempre pensei que, um dia, meu príncipe encantado apareceria. E ele chegou de Celta. Moreno, tão lindo. Lindo e lindo. Com uma visão política totalmente diferente da minha, nascido sob um signo que definitivamente não combina com o meu. Tem nome de segundo amor e de terceiro namorado. Um tanto incompreensível, o tal falso australiano. Um príncipe sem cavalo branco. Não importa. Trata-se do MEU príncipe. Não tenho pressa e me contento, por ora, com meu diário da (futura) princesa. Palavras soltas que jamais se aproximarão a nada relativo ao meu amor. Muito mais do que amor. Querença, paixão e fascínio. É pouco. O que sinto vai tão além. Mesmo com cada situação adversa me dizendo para esquecer. Mesmo com cada palavra sua me implorando para desistir. Escrever sobre amor me parece tão pré-moderno... ah, mas trata-se de você. O meu carma, minha missão terrena, o reflexo de tudo o que falta em mim e me completa. My missing puzzle piece. Dizer "eu vou te esperar" soa tão Restart, só não consigo encontrar outra frase que traduza o que venho fazendo e não me cansarei de fazer: te esperar. Me amo em você, talvez eu ame você. Vai saber?! Aliás... bom, te espero.

R.L.A. para meu secreto príncipe escorpiano, falso australiano.
(aula de LP é tão inspiradora...)

quarta-feira, 13 de abril de 2011

"Meu coração bate sem saber que meu peito é uma porta que ninguém vai atender.
Quem sente agora está ausente.
Quem chora agora está por fora.
Quem ama agora está na cama doente.
Só corre nunca chega na frente.
Se chega é pra dizer 'vou embora'.
Sorriso não me deixa contente.
E todas as pessoas que falam pra me consolar parecem um bocado de bocas se abrindo e fechando sem ninguém pra dublar.
Eu já disse adeus antes mesmo de alguém me chamar.
Não sirvo pra quem dá conselho.
Quebrei o espelho, torci o joelho, e não vou mais jogar."

terça-feira, 12 de abril de 2011

I'm not a girl, not yet a woman.

"Eu costumava pensar que havia respostas para tudo.
Mas agora eu sei que a vida nem sempre segue meu rumo.
Sinto como se tivesse sido pega no meio.
Isso é quando percebo que não sou uma garota, mas ainda não sou uma mulher.
Tudo que preciso é de tempo, um momento só meu.
Não é preciso me proteger. É tempo de encarar tudo isso sozinha.
Eu já vi muito mais do que você possa pensar agora, então não me diga para fechar os olhos.
Mas se você me olhar de perto, você vai ver em meus olhos, que essa garota vai sempre achar sua trilha.
Eu não sou uma garota, não me diga no que acreditar.
Mas não sou uma mulher, e estou tentando achar a mulher em mim."

Meus esquadros.

"Eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que eu não sei o nome.
Passeio pelo escuro, eu presto muita atenção no que meu irmão ouve.
E como uma segunda pele, um calo, uma casca, uma cápsula protetora.
Ai, Eu quero chegar antes, para sinalizar o estar de cada coisa, filtrar seus graus.
Eu ando pelo mundo divertindo gente, chorando ao telefone, e vendo doer a fome nos meninos que têm fome.
Pela janela do quarto, pela janela do carro, pela tela, pela janela, quem é ela, quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado, remoto controle.
Eu ando pelo mundo, e os automóveis correm. Para quê?
As crianças correm. Para onde?
Transito entre dois lados, de um lado eu gosto de opostos.
Exponho o meu modo, me mostro, eu canto. Para quem?
Eu ando pelo mundo, e meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço, meu amor, cadê você?
Eu acordei, não tem ninguém ao lado."

Cansei.

Cansei de fingir interesse, cansei de brigar com o tédio, cansei de lutar contra mim mesma. Cansei de disfarçar sentimentos, de fugir da verdade, de fazer o que não tenho vontade. Cansei de construir alguém que não sou, cansei de ouvir, cansei de tentar ser legal. Cansei também desta cidade, cansei deste tempo, cansei destas pessoas. Cansei de mim mesma, cansei dos meus pertences, cansei das minhas lembranças. Cansei das escolhas que fiz, cansei da cor do meu cabelo, cansei das dores que sinto. Cansei do corpo que tenho, cansei do meus trejeitos, cansei do jeito que respiro. Cansei de tudo o que sei e cansei também do que não sei. Quer saber? Cansei.

R.L.A.

sábado, 9 de abril de 2011

No escuro somos todos iguais.

Batidas na porta da frente. Ele ri, e diz que somos todos iguais. Com os olhos fechados, digo que amores morrem no escuro. Talvez fôssemos crianças que não souberam amadurecer. Cartas carcomidas por traças, perfumes expirados pelo tempo. O batom no colarinho já não existe mais. O arrepio já não sobe a espinha. O frio congela. As mãos dadas já não se aquecem. Os olhares cruzados já não formigam o estômago. Mas talvez os ombros ainda sirvam como apoio para cabeças pesadas, talvez ainda reste um fio. Um fio de sentimento, um fio de lembrança, um fio de confiança, de paixão, quem sabe? Talvez... Talvez um fio seja suficiente, talvez um fio sustente, talvez. Batidas na porta da frente. Com os olhos fechados, ele diz que amores acabam no escuro mas renascem na luz. Rindo, digo que somos todos iguais.

R.L.A.

Quantos?

"Quantos textos já foram escritos e ninguém soube?
Quantos versos de amor foram declarados apenas para o vento?
Quantas cartas foram rasgadas antes mesmo de um dia serem entregues?
Quantas verdades tornaram-se mentiras sem que se pudesse escolher?
Quantos sorrisos foram sinceros?
Quantas lágrimas, desnecessárias?
Quantos segredos foram esquecidos?
Quantos beijos foram roubados?
Quantos 'para sempre' não duraram?
Quantos?"

- G. Malavolta, http://www.rascunhosdeliberdade.blogspot.com/2011/04/quantos.html

Vontade.

Que vontade de explodir, de sumir, ou de simplesmente sorrir.
Que vontade de jogar tudo pro alto, de correr pelo asfalto, ou participar de um assalto.
Que vontade de viver emoção, de abraçar um leão, ou de me transformar em um pião.
Que vontade de queimar tudo que tenho, de fingir que desdenho, ou de admirar um desenho.
Que vontade de reviver o passado, de sair desse quadrado, ou de cursar um mestrado.
Que vontade da chegada do futuro, de escrever em algum muro, ou de sair desse apuro.

Que vontade que vontade que vontade!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

"A sorte está lançada. Jogou a ancora para nada. A gente acha que tudo se resolve de uma vez.
E de qualquer maneira, seja num dado, ou numa cartada, quem a gente quer nem sempre se resolve de uma vez.

Descobri que havia menos dois degraus na escada, e mais espaço no elevador.

A bota já não está tão apertada, e da janela da casa vejo o sol se por.

Se não houver vento, reme.
Se não houver lua, uive.
Se estiver sem ar, se inspire.

Mas nunca desista do seu amor.

Se não houver chance, crie.
Se houver silêncio, grite.
Se não houver palavra, escute.

Mas nunca desista do seu amor.

Já faz algum tempo que eu ouço tudo o que você me diz.
Nós demos chance de entender o que você fez e o que eu fiz."

Um gole de cada vez, do amargo veneno da insensatez.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

"Quando eu era pequeno, eu achava a vida chata, como não devia ser.
Aí veio a adolescência, e pintou a diferença, foi difícil esquecer.
Quando eu saí de casa, minha mãe me disse: baby, você vai se arrepender, pois o mundo lá fora num segundo te devora.
Dito e feito. Mas eu não dei o braço a torcer.
Hoje eu vendo sonhos, ilusão de romance.
Te troco minha vida, por um troco qualquer.
É o que chamam de destino?
Eu não vou lutar com isso, que seja assim enquanto é."

quarta-feira, 6 de abril de 2011

"Apagaram tudo, pintaram tudo de cinza.
A palavra no muro ficou coberta de tinta.
Só ficou no muro tristeza e tinta fresca.
Nós que passamos apressados pelas ruas da cidade,
Merecemos ler as letras e as palavras de gentileza.
Por isso eu pergunto a você no mundo,
Se é mais inteligente o livro ou a sabedoria.
O mundo é uma escola, a vida é um circo...
Amor, palavra que liberta, já dizia o profeta."

terça-feira, 5 de abril de 2011

"Um belo dia resolvi mudar, e fazer tudo o que eu queria fazer. Me libertei daquela vida vulgar.
E em tudo o que eu faço, existe um por quê. Eu sei que eu nasci para saber. Pra saber o quê?
E fui andando sem pensar em mudar, e sem ligar pro que me aconteceu. Um belo dia vou lhe telefonar para lhe dizer que aquele sonho cresceu.
No ar que eu respiro, eu sinto prazer.
De ser quem eu sou, de estar onde estou."

domingo, 3 de abril de 2011

Querer não é poder.

Escrever é a melhor forma que encontro. Quando algo não está bem, ou quando tudo está extremamente bem. Ou quando tudo extremamente não está bem. Com a dor aprendemos e crescemos e todo aquele blábláblá que eu sei que é verdade. Eu passei por uma dor, uma dor como uma coronhada inesperada na nuca. Depois passei por um longo período de anestesia geral. Foi como se o tempo não tivesse passado, não tivesse existido. Talvez nesse tempo eu estivesse bem, talvez estivesse viva, ou talvez estivesse apenas sobre-viva. Não importa. O fato aqui é o agora. Ego hic nunc. Eu aqui agora. Sempre gostei de viver. Sempre não, vai. Mas costumo achar a vida uma novelinha bem engraçada. O problema começa quando tudo vai se assemelhando a um fardo, dia após dia. Me considero um ser humano demasiado fraco. Quebradiço. Vidraça. E temo, temo, temo. Temo não aguentar o peso da vida. Temo quebrar a qualquer momento. Temo que uma pedrinha vá me fazer espatifar em milhões de pedacinhos de vidro cortante. Afinal, a vidraça aqui já está cheia de rachaduras e remendos mal-feitos. Nunca levei a vida a sério. Nunca levei nada a sério, melhor dizendo. Nunca aprendi a viver. Se aprende a viver? Não sei. Aliás, não sei nada. Só sei abrir meus olhos a cada novo dia e matar o gigantesco leão que me aguarda cama afora. Não consigo mais balancear. Já não consigo mais ter tanta certeza de que vale a pena. Estão começando a cobrar que eu cresça, mas eu não quero crescer. Será que não posso ser imatura para sempre? Tão mais fácil! Sonhos como ser bailarina, astronauta, princesa, jogadora de vôlei. Hoje vejo que não vai "dar tempo" de colocar em prática um milésimo dos meus anseios. Hoje enxergo que metade dos meus sonhos ficarão no papel. E como é frustrante! Eu não quero levar à sério. Não estou preparada para comprometimentos tão reais e, que ironia!, tão comprometedores. Não, eu não quero! Quero continuar com minhas paredes cor-de-rosa, minha literatura infanto-juvenil. Não quero abandonar a criança que insiste em se fincar em mim. Criança, essa, que parece um diabinho no meu ouvido esquerdo dizendo "não cresça, não cresça". Não quero assumir responsabilidades, não quero! Por que a vida exige isso de mim? Por quê? Não quero levar à sério. Simplesmente não quero. Mas será que, como dizem, querer não é poder? Infelizmente, tudo indica que sim. Querer não é poder.


R.L.A. (esse vai com traços de oralidade mesmo, I don't care.)

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Quando é preciso despedir-se.


"Daquilo que sabes conhecer e medir, é preciso que te despeças, pelo menos por um tempo. Somente depois de teres deixado a cidade verás a que altura suas torres se elevam acima das casas." (N.)
"Quando não há inimigos interiores, os inimigos exteriores não ferem." (Provérbio Africano)
"Com o tempo você vai descobrindo que para ser feliz com uma pessoa, você precisa em primeiro lugar não precisar dela." (M. Q.)

Perder a si mesmo.


"Uma vez que se tenha encontrado a si mesmo, é preciso saber, de tempo em tempo, perder-se - e depois reencontrar-se: pressuposto que se seja um pensador. A este, com efeito, é prejudicial estar sempre ligado a uma pessoa." (N.)
"A pior das pestes não causaria à humanidade tanto dano quanto se um dia a vaidade desaparecesse. Sem vaidade e egoísmo - o que são as virtudes humanas?" (N.)
"Não há oposições, mas apenas diferenças de grau. [...] É indizível o quanto de dor, pretensão, dureza, estranhamento, frieza, penetrou assim no sentimento humano, por se pensar ver oposições no lugar das transições." (N.)