Let's travel?

Let's travel?
Entre sem bater.

quarta-feira, 30 de março de 2011

"Fui eu o único que com ele - sofreu? Basta, a mim mesmo esse inesperado acontecimento, como um relâmpago, clareou o lugar que eu havia deixado - e trouxe também aquele terror posterior, que sente todo aquele que insconscientemente passou por um perigo monstruoso. Ao prosseguir sozinho, estremeci; não passou muito tempo, e fiquei doente, mais que doente, ou seja, cansado, de intolerável desilusão por tudo o que resta a nós, homens modernos de entusiasmo, por tudo o que se esperdiça em todo lugar, de força, trabalho, esperança, juventude, amor; cansado pelo nojo do que há de efeminado e fanaticamente indisciplinado nesse romantismo, de toda a mendacidade idealista e seu amolecimento da consciência, que aqui mais uma vez triunfou sobre um dos mais bravos; cansado, enfim, e não em último lugar, pelo desgosto de uma inexorável premonição - de que eu, depois dessa desilusão, esteja condenado a desconfiar mais profundamente, a desprezar mais profundamente, a estar mais profundamente sozinho do que nunca antes." (F.N.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário