Let's travel?

Let's travel?
Entre sem bater.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

don't get me wrong...

Não é nada comigo, é com você. Não me leve a mal, mas você não passa de uma criança que não soube amadurecer. Não passa de um projeto de adulto, que ainda não deu certo e parece que não dará. Que ainda, AINDA, não sabe o que quer. Como se a vida não estivesse passando, como se o tempo estivesse congelado esperando a sua boa vontade. Sem objetivos, vivendo levado pelo vento, como se nada importasse. Tão diferente de mim, que sempre quis devorar a vida como um brigadeiro. E estou devorando, cada pedacinho dela, com uma voracidade inexplicável... enquanto você ainda decide se vai começar a pensar a começar a decidir se começa a própria vida. Com sonhos impossíveis, com possibilidades irreais, e me encaixando em um lugar vazio da sua vida vazia. E não é lá que eu quero estar. Eu sou do tipo que vive, VIVE, com paixão, com gosto, que sai pra rua pra ganhar o mundo... e parece que você nem sequer sai pro mundo pra ganhar a própria rua. Estava bom, confesso que estava bom, mas é óbvio que era questão de tempo acabar tudo tão rápido quanto tudo começou. Não temos nada em comum, não que isso fosse um problema, mas você não acrescentou meus dias em nada, não acrescentou nada em meu intelecto, em minha alma. Nada. Te vejo como alguém vazio. Desculpa, mas vejo. E como viveria ao lado de alguém que só considera real aquilo que eu considero inútil? Ai, como eu pude um dia imaginar que daria certo? Bom, pra falar a verdade, não. Eu nunca imaginei que daria. Antes tivesse seguido meu instinto.


R.L.A.

domingo, 22 de janeiro de 2012

yin yang.

Será, de fato, possível nos considerarmos donos de nós mesmos? Da nossa própria existência? Será que somos realmente 'nós' que tomamos as decisões que nos cabem? Mas quem somos 'nós', afinal? Será que as tais decisões sempre permeadas de tanta dúvida não são aquilo chamado de futuro, destino, missão? Até que ponto estamos no comando de nossa própria situação? Dos nossos sentimentos, pensamentos, ações? Muito daquilo que consiste nossa personalidade não é escolha nossa. Eu não escolhi gostar de carne de boi, mas não de peixe. Eu não escolhi o tipo de música que me agrada. Não escolhi o tipo de filme que me faz bem. Não escolhi gostar de chá. Gosto e pronto. Talvez o mesmo ocorra com nossos pensamentos. Não somos nós quem os controla. E penso que o mesmo acabe ocorrendo com todo o resto. Tudo é como deve ser. Já dizia o tão famoso Cristo, "sou o que sou" - jamais disse "sou o que quero ser". E eu sinceramente prefiro pensar que a vida corre assim. "Comme il faut". Não existindo o bem e o mal, o proposital e o involuntário. A vida como um gigante yin yang!

R.L.A.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

a paixão e ela, a paixão e eu.

De vez em quando, ela confessava a si mesma que sentia uma certa vontade de se apaixonar. Afinal, a paixão tinha um gosto adocicado do qual ela mal se recordava. A vontade de paixão chegava, se demorava um pouco e logo era esquecida. A paixão parecia não fazer mais parte da vida dela. Parecia não ter mais lugar em seu coração e nem em seus pensamentos. A paixão parecia bobagem, uma bobagem gostosa que ela não sentia mais. A paixão, pra ela, não era mais nada. E nem pra mim.


R.L.A.