Let's travel?

Let's travel?
Entre sem bater.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Empaquei de novo nesse masoquismo incontrolável.

"Estava prestes a sair de outro encanto quando você me provou que era real, que não tinha por que abandonar, não tinha por que temer. Agora estou presa nesse amor que não sei onde terá início, tão menos fim. Mas estou prestes a enlouquecer se demorar muito.
Se há um sentimento que necessitamos muitas vezes ter é o amor.
Ele machuca, alucina, prejudica e, ao mesmo tempo, alegra a vida alheia.
Prefiro não amar, amar não nos leva para um fim feliz. Mesmo quando é para o resto da vida, alguém sofre no final. O problema é que não amar é, muitas vezes, pior... E preferir não amar não significa estar imune a tal sensação: já sinto o amor percorrendo minhas veias.
Amor, amor é tão paradoxo!"

Samara Dias.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Hoje.

"Hoje, meu Sol não apareceu.
Hoje, o dia acabou sem nem ter começado.
Hoje, nada vai me animar.
Hoje, eu não vi seu olhar...
Ouvindo músicas que me fazem chorar,
pensando nas coisas que você faz.
Fingindo que eu me viro sem você,
e vendo que isso é impossível.
Tá tudo de um jeito que eu nunca pensei em estar.
Nada mais, nada mais me interessa.
Mais, mais, e mais.
Eu sou sempre mais.
De repente as minhas coisas cheiram à você.
De repente a minha vida se resume a você.
De repente foi você que me fez assim.
De repente será você pra sempre mais."

- Alanna Della Possa Contador.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Respectvs, respeito.

“Amadurecer não exige tempo. Exige capacidade. Muitos passam do verde para o podre diretamente”.


Não sei se amadureci rápido demais ou se ainda estou completamente verde. Só sei que a universidade me fez mudar muito, e me trouxe muito autoconhecimento. Hoje, cada dia ganho mais certeza das minhas ideias e meus valores. Ganho mais confiança em mim e em meus pensamentos. Antes, via e ouvia e sempre achava que a errada era eu, sempre segui os pensamentos dos outros, por me achar mais ignorante que os demais. Hoje, vejo, ouço, compreendo. Critico. Consigo criticar. Sou conservadora sim, talvez até "direitista". Sou da área de humanas? Sou. Mas isso não quer dizer que eu faço parte desse senso comum socialista de merda. Respetvs, isso é o que falta. Respeito. Reflexão, olhar os dois lados, pensar com a cabeça. O sistema é justo? Não. A vida é justa? Muito menos. Falta visão de mundo, falta frieza, falta análise com números e não só com calor humano. O dinheiro é o melhor mal e o pior bem do mundo. O dinheiro é a raiz e a solução de todos os problemas. Não são alguns jovens revoltados de 20 anos que vão mudar isso. Diferenças sempre vão existir, a desigualdade não vai ser amenizada por isenções, cotas e auxilios superficiais. WAKE UP! O X da questão é muito, muito, muito mais profundo do que nossos olhos podem ver. O ciclo é vicioso, o jogo está feito, o mundo é assim! Quem disse que seria fácil? Who said it’d be easy?

“A realidade é melhor que o idealismo”.

“Já quis mudar o mundo. Hoje só o que quero é sair daqui com um pouco de dignidade”.

Oi.

Oi! Meu nome é Rafaela, tenho 17 anos e sou paulistana (com orgulho). Atualmente estou fazendo graduação em Letras e um curso de inglês, e trabalhando em um buffet infantil. Sou inconstante, justa, difícil de lidar e tenho uma personalidade do cacete. Também sou doce, às vezes. Crio algumas simpatias sem muito fundamento, querendo abraçar e proteger essas pessoas por quem simpatizo. Dificilmente crio antipatias, mas quando isso acontece não há Cristo que mude minha ideia, e eu fico chata e indiferente com essas pessoas. Costumo ser uma pessoa calma (até demais, como diz minha mãe), orgulhosa em excesso e isso muitas vezes me atrapalha. Sou muito sincera, e não me utilizo muito de eufemismos, portanto não peça minha opinião se não quiser ouvi-la. Minha visão política é de moderada direita, tenho muitos sonhos e não gosto de nada que seja muito radical e extremo. Sou preguiçosa, desorganizada e fico com raiva de mim quando me apaixono por alguém. Vivo muito cuidadosamente, não tenho medo de nada e meu lado religioso é bem particular. Tenho vício de escrever tudo o que me vem na cabeça. Não me entrego facilmente, não sou muito fã de estudar e tenho gostos muito imprevisíveis.Quer ser meu amigo? Não fazemos troca e não aceitamos devolução.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Agora me diz...

"A lua, a praia, o mar, uma rua, passear;
um doce, uma dança, um beijo, ou goiabada com queijo.
Afinal, o que faz você feliz ?
Chocolate, paixão, durmir cedo, acordar tarde;
arroz com feijão, matar a saudade.
O aumento, a casa, o carro que você sempre quis;
ou são os sonhos que te fazem feliz?
Dormir na rede, matar a sede, ler ou viver um romance.
O que faz você feliz ?
Um lápis, uma letra, uma conversa boa;
um cafuné, café com leite, rir à toa.
Um pássaro, um parque, um chafariz;
ou será um choro que te faz feliz?
A pausa pra pensar, sentir o vento, esquecer o tempo;
o céu, o sol, um som; a pessoa ou o lugar..."

Agora me diz, o que faz você feliz?


- Propaganda do Pão de Açúcar. /decadência do blog

O amor comeu.

"O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, meu endereço. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome. O amor comeu minhas roupas, o amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos. O amor comeu meus remédios, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, meus raios-X, meus exames de urina. O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos. Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água. O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água. O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome. O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel. O amor comeu meu Estado e minha cidade. O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala. O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte."


- Trechos do texto "Os Três Mal-Amados", de João Cabral de Melo Neto.

Essa tal felicidade.

Será que ainda há alguém que creia na existência da felicidade? Alguém ainda possui, sinceramente, alguma esperança de ser feliz? Felicidade é plenitude. Alguém já vivenciou a plenitude? Plenitude é completude. É estar completo, é não faltar nada, é não querer nada. É não desejar mais amor, mais dinheiro ou mais tranquilidade. É estar satisfeito com o corpo, com a casa e com os sentimentos. É estar onde se quer estar, como e com quem se quer estar. É ir onde se quer ir, ter o que se quer ter, ter quem se quer ter. É estar tudo do seu jeito, tudo a seu favor, tudo como nos seus sonhos. Ter tudo e todos à sua disposição, ser dotado da inteligência que sempre desejou. É não sentir saudade, não conhecer o gosto da lágrima, não suar nem sentir frio. É não aprender, não sentir ciúme, inveja, raiva ou enjoo. Não pedir ajuda, não confiar nos astros, não mudar o cabelo. Ser feliz é ter tudo na mais sublime perfeição, é estar satisfeito com tudo. E entao eu pergunto: qual a graça de ser feliz?

R.L.A.

Maldito dia dos namorados.

Não se sinta especial porque escrevo sobre você ou porque escrevo para você. Não se sinta especial porque só penso em você, porque você está tomando conta de mim ou porque só consigo querer você. Porque eu, logo eu, estou sentindo ciúmes de você, estou esperando por você ou contando os minutos para estar perto de você. Não se sinta especial porque cada pensamento que tenho tem você como pano de fundo, se só falo sobre você ou se estou gostando de você. Mas que droga, esse negócio de sentimento! Eu nunca gostei de gostar de ninguém. Então, porque agora parece que esse sentimento está me alimentando e me fazendo crescer? Logo eu! Sempre tão orgulhosa, egocêntrica, áspera e indiferente! Sempre tão amargurada! Todo ano chega dia 12 de junho e eu sempre pensando a mesma coisa: “Ano que vem, essa data não me escapa!” Mais um 12 de junho chegou e meu pensamento continua o mesmo, com uma leve alteração: “Ano que vem, VOCÊ não me escapa!” Te quero comigo, te quero pra mim, te quero do meu lado, por você eu faço qualquer coisa. Por você eu vou, por você eu fico, por você eu mudo, por você eu abro mão. Por você, e talvez só por você.


R.L.A.


- "You are the only exception"

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Carta a não ser entregue

Sei que isso muito provavelmente não chegará às suas mãos, mas preciso desabafar, mesmo que para mim mesma, algo que está me consumindo. Ainda não sei se é bom ou ruim, se me faz ou me fará bem ou mal. Pode ser que tudo acabe de repente, tão de repente quanto começou. No princípio, brincadeira, curtição, puro flerte adolescente. Mas como foi que tudo se transformou tanto e tão rápido? Agora me pego pensando em você a todo momento, me pego com ciúme, com saudade, com vontade de você. Justamente o tipo de pessoa pela qual não costumo me interessar, que nunca me chamou a atenção. Há tão pouco tempo já nos imaginei juntos de verdade, concreta e assumidamente, e isso me pareceu improvável, talvez impossível, e contra minha vontade. Agora parece que isso me faria tão bem, tão completa, tão feliz! Agora eu estou com um sentimento diferente, sentimento passional, sentimento de querença. Pode ser que eu esteja gostando de você. Só que não sei mais lidar com isso. Me desiludi tanto que me fechei para o mundo, adotei a lei do pegar sem apegar. Passei a não acreditar mais que pudesse existir amor, passei a não acreditar em ninguém, me esqueci do que é ter alguém. Eu não consigo me reconhecer dentro desses sentimentos, sentimentos que não podem ser meus, não podem existir em mim! Não quero, não posso querer me entregar a você. Não posso sofrer, não quero! Tanta gente tentando me alertar sobre você, tentando me abrir os olhos, e eu acreditando em tudo o que você diz, acreditando em cada ação sua, mesmo sabendo que estou tentando me auto-enganar. Quero saber como isso acabará. Existem duas possibilidades. A primeira é eu te esquecer, sumir, voltar a viver como sempre vivi... A segunda possibilidade... não, não existe uma segunda possibilidade, não vou alimentar a esperança de te ter para mim, só para mim.


Poeminhas para complementar:

I know i love you
I know you love me too.
But it doesn’t matter anymore
Cuz now you are hers
And she is yours


Oh, she… like a ridiculous cow,
eating all the green love I’ve been planting inside your heart.
Like a despicable cow, sheeting in all of our passion.
Like a bitch, a sweet bitch, destroying my feeling for you…
And worse: destroying your feeling about me!

I will let you go, even if I want you by my side.
I will leave you alone, even if I do realize
That I cannot be happy
Without your essence inside myself.
I won’t allow you to kiss my mouth,
Even if all I am suppose to do is give my body
And my soul in your hands.

terça-feira, 1 de junho de 2010

E talvez sejamos...

Tenho andado por aí. Tenho pensado, tenho lido e tenho escrito. Nos últimos tempos, mais do que nunca. Tenho procurado algo que me complete, algo que talvez nem exista. Tenho visto pessoas ridículas, tendo atitudes ridículas, tenho passado por momentos ridículos. Talvez eu tenha nascido na época errada, no país errado, no planeta errado. Às vezes, é assim que eu me sinto. Tenho estado incrivelmente internalizada, olhando para mim como jamais imaginei fazer. Pode ser que eu esteja até me esquecendo de olhar para fora, de tão para dentro que estou olhando. Estou tentando me achar. Me achar em mim, me achar no mundo. Estou tentando definir meus adjetivos, meus valores e meus gostos. Tenho vivido experiências muito diferentes. Estou com medo. Medo de estar errada, medo de estar sozinha, medo do mal, da morte, medo das pessoas. Tenho estado meio sem chão. Meio sem sentimentos. Meio anestesiada, assustada e confusa.É como se os dias fossem passando e as coisas fossem acontecendo sem nada acontecer. Como se quem fosse, voltasse, comesse e dormisse fosse um holograma, não eu. Assim que eu tenho me sentido. Meu coração já não bate, nem apanha. Tenho visto cada situação absurda, que penso não ser possível só eu enxergar que é uma mais incabível que a outra. Às vezes me dá vontade de largar tudo e ficar trancada em um lugar só meu, só com o que eu gosto...músicas, filmes, livros, canetas e mais papéis. Em um infinito particular. Meu e somente meu. Acho que ser humano algum me corresponde como as palavras o fazem. Palavras escritas, palavras cantadas, palavras ensaiadas. As palavras são minhas melhores amigas, minhas mais fortes aliadas. As palavras não se importam com meu mau-humor, meus quilos a mais, meus cabelos desarrumados, minhas unhas roídas e minhas olheiras. As palavras não me julgam quando eu erro, quando me irrito, quando sou teimosa, quando sou eu mesma. As palavras me completam, e eu completo as palavras. As palavras estão ao meu lado e eu estou ao lado delas, como se fossemos uma coisa só... e talvez sejamos.

R.L.A.