Let's travel?

Let's travel?
Entre sem bater.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Obrigação.

Vou. Paro. Decido. Encaro.
Volto atrás, desisto, esquivo, e não quero mais.
E então tudo muda, se transforma, se renova.
Mas tudo desmorona, desanda, se desfaz.
Sem saber o que fazer.
Insistir? Desistir? Enfrentar ou apenas ficar?
E tudo acontece, e passa, e nasce, e morre!
E tudo novamente se renova, de novo, mais uma vez.
E então a vida te diz o que fazer.
Se insistir, se desistir, se enfrentar, ou se apenas ficar.
E obedecendo às circunstâncias e ao próprio coração, ocorre a decisão.
E o destino te obriga.
A voltar atrás, a desistir, a esquivar, e a não querer mais.
E o destino te obriga.
A ir, a parar, a decidir, a encarar.


R.L.A.

sábado, 25 de junho de 2011

Não fale alto comigo.

Sou a pessoa mais complicada que já conheci em toda a minha vida. Para relacionamentos então, nem se fale. E não me refiro a relacionamentos amorosos, mas pessoas em geral. Amigos, colegas, afins. Sou complicada de entender e pouquíssimas pessoas me encantam. Eu tenho uma coisa que chega a ser quase (ou totalmente) cruel: as pessoas para mim tem prazo de validade. Enjoo de quase todo mundo (isso quando não enjoam de mim antes, o que é parcialmente comum). O medo de perder pessoas em mim não é tão fácil de acontecer. Eu sei seguir sozinha. Egocêntrica? Talvez. Well, raramente me interesso por quem se entrega fácil para mim - prefiro desafios. Mais uma daquelas mulheres que gostam de sofrer. Sou difícil de agradar, detesto rotina e preciso de momentos meus - só meus. E não suporto pessoas inconvenientes. Pessoas que se sentem superiores, então, me causam náuseas. Detesto, detesto, detesto. Outra ponto é: por favor, não queira discutir comigo sem argumentos sólidos ou somente com seu ponto de vista. Me revolto também com aqueles que não sabem respeitar a opinião alheia e a deles é a verdade absoluta sobre todas as coisas (talvez eu seja meio assim, por isso sai faísca quando me deparo com outro alguém assim). E gente pobre? Só com muita paciência. Não me refiro, é claro, a questões sociais, mas àqueles pobres de espírito. Esses sim me incomodam! É, acho que eu complico um pouco (bastante) todas as coisas. Mas o mais engraçado disso tudo é que ainda sim sei ser simpática (de vez em quando). Ultimamente, nem eu sabia que ser uma pessoa complicada era tão complicado. E hoje eu sei: ser complicada é complicado. E muito!


Based on Giovanna Malavolta

Palavras, words, palabras, parole, mots, palavras.

Hoje parei pra pensar na força que as palavras têm. Nada que eu não soubesse antes, mas hoje, especificamente hoje, isso me assustou. Uma palavra, uma frase, um enunciado. Meu Deus, quanto poder! E machuca, e anima, e desespera. E faz chorar. E faz chorar de tristeza, e faz chorar de alegria, e faz chorar de insegurança. E faz rir. E faz rir de nervoso, e faz rir de felicidade. E faz transbordar. E faz transbordar reflexão, e faz transbordar emoção. Palavras são puro sentimento. São pura razão também. Palavras podem ser a mentira que a alma esconde. Palavras podem ser a verdade não dita. Palavras podem ser o que nunca aconteceu. Palavras podem ser o que quisermos que elas sejam. Palavras para expressar experiência, vontade, mentira e verdade. Eis algo mais magnífico? Ver a si próprio na palavra do outro. Ser o outro do outro através da palavra. E ver a vida ocorrendo através das palavras. E ver que tudo só é possível através das palavras. Palavras bem selecionadas, palavras ditas em momentos à flor da pele, palavras bonitas, palavras assustadoras. Palavras que a mente remói. Palavras soltas, palavras presas. Palavras sentimentais, palavras sem sentimento algum. E depois ainda me perguntam o por quê escolher tal Curso Superior: até mesmo o mais tolo dos homens é capaz de enxergar quanta boniteza existe na existência nessas tais... PALAVRAS!

R.L.A.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Sobrevivência.

Em uma completa confusão desconcertada. Assim que me sinto. Sem rumo. Não sei se penso mais em mim. Mais em você. Não sei se estou tentando me enganar. Ou enganar a você. Ou enganar a você para poder enganar a mim. Assustada. Apavorada. Angustiada. Magoada. Desequilíbrio. Sabe quando o copo vai enchendo gota a gota... E uma hora ele simplesmente transborda? Sinto que faltam só mais umas cinco gotinhas. Sem propósitos. Dizem que não morre quem deixa de viver – morre quem deixa de sonhar. E se eu tiver deixado de sonhar?E se eu não quiser mais estar aqui? Parece que me sinto em uma realidade que não me cabe mais, me sinto alheia, solta, diferente. Sinto vontade de largar tudo, de sumir, de ir embora. Embora pra onde? E tento esconder cada lágrima por trás de um sorriso. Tento esconder cada dor por trás de um sorriso. Cada palavra fria por trás de um sorriso. E meu sorriso se torna salgado como uma lágrima, dolorido como uma pancada, frio como um palavra triste. O sorriso que um dia já fora sincero. Já fora certeiro. Já fora esperançoso. Hoje é duro como mármore. Falso como joia roubada. Será que um dia voltarei a sorrir sem perceber? Sorrir como antes quando via o por-do-sol? Sorrir como antes, quando via uma borboleta azul? Não adianta eu tentar me expressar para aqueles que não vão me compreender. Por isso é pra você que falo, para você eu desabafo tudo o que se encontra como farpas dentro de mim. Ultimamente tudo o que eu escrevo me soa triste, melancólico, cinza. “Quando me sinto péssimo, os doces saem péssimos” *- quando me sinto péssima, os textos saem péssimos! E não, não quero conselhos. Não quero compreensão. Não quero lições de moral. Quero que me deixem. Me deixem seguir nessa estrada de falsidades que transborda mentiras e frieza. Não quero mais saber. Não quero mais viver – por hora me contento com sobreviver.


* A fantástica fábrica de chocolate

R.L.A. (com vontade de passar uns tempos em algum lugar solitário, esquecido e remoto. Sem internet e nem celular.)

Controvérsias Mundanas.

Ter receio, mas não medo.
Ceder, mas não abdicar.
Aceitar, mas não submeter.
Ouvir, mas saber discernir.
Opinar, mas não impor.
Pedir, mas não implorar.
Ensinar, mas não subestimar.
Ajudar, mas não humilhar.
Aconselhar, mas não julgar.
Ser sincero, mas não ferir.
Eufemizar, mas não enganar.
Falar, mas não exaltar.
Discutir, mas não ofender.
Confiar, mas não cegar.
Compreender, mas saber enxergar.
Chorar, mas não desesperar.
Ter anseios, mas não fazê-los essenciais.
Amar, mas não precisar.

R.L.A.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Procura-se.

"O dia em que eu abrir mão de algo por alguém, encontrarei o que tenho procurado. Dizem que quando se ama, perde-se a noção das coisas. Tudo passa a ser possível ao lado daquela pessoa e se arrisca muito mais na vida. Vive-se mais. Eu sempre tive fins de relacionamentos por não querer perder aquilo que considerava de "meu direito". Meu tempo, minha opinião, meus amigos, meus passatempos, meus sonhos. Meus. Por achar que pensar em mim sempre é a melhor opção para não me arrepender num futuro provavelmente frustrado. Por não querer ceder. Eu quero alguém que me faça pensar em "nós". Não sei como ele fará isso, mas se for a pessoa certa, conseguirá.
Onde está você, hein? É, você. Aquele que irá me beijar na testa com carinho, reclamar do meu vestido curto do jeito certo, dizer que eu sou linda ao natural, mas maquiada tiro seu fôlego. O mesmo que também brigará comigo devido à minha teimosia e jeito orgulhoso de achar que estou sempre certa, que irá me dar flores e broncas e terá plena confiança em mim, com uma pitada de ciúmes. Você me dará suporte para os meus sonhos, eu darei para os seus e construiremos os nossos sonhos. Você me ouvirá e não será facilmente conquistado para o meu ponto de vista. Na realidade, você discordará de mim na maior parte das vezes, mas no fim me entenderá. Compreenderá que eu tenho defeitos, qualidades e estou longe da perfeição; que às vezes desapareço por algumas horas ou dias, mas eu não deixarei de me importar com você, é só um tempo que eu preciso para refletir sobre o mundo.
Por você, serei capaz de deixar meu orgulho de lado e esquecer sobre a minha posição de garota sempre politicamente correta. De senhorita independente e quase detestável. Serei praticamente uma romântica incurável e escreverei textos e textos para tentar te convencer que sou a pessoa certa pra você. Sorrirei ao te beijar porque esse é o meu jeito de ser, e serei a menina mais carinhosa que você terá encontrado em toda a sua vida. Nós discutiremos política, eu assistirei com você ao futebol, ou seja lá o que você gostar, e você irá ao teatro comigo. Aprenderemos um novo idioma e faremos o meu brigadeiro para assistir a uma comédia romântica.
Nós poderemos ter um gosto totalmente igual, ou diferente. Quero que nos completemos assim como arroz e feijão. Seremos um casal com conteúdo e não nos importaremos com os comentários dos amigos, porque saberemos que nenhum deles já se sentiu como nós nos sentiremos. É pedir demais? Não tem problema, se alguns conseguem, nós também conseguiremos. Até eu mesma ando meio cansada de ser tão individualista. Quero alguém que me faça perder o medo de amar. O medo de dizer: Eu te amo. Eu quero um amor maior que eu. Você estará disposto a viver tudo isso? Então me encontra, ou deixa eu te encontrar."

(Giovanna Malavolta)

Worth.

Será que perdemos o foco?
Será que se trata de um começo?
Será que o melhor já passou?
Será que o melhor está por vir?
Será que a paixão acaba?
Será que o amor se renova?
Será que nada realmente faz sentido?
Será que a vida é só isso?
Será que a morte deve ser temida?
Será que existe amor à primeira vista?
Será que existe a felicidade?
Será que existe alma gêmea?
Será que a astrologia funciona?
Será que a vida poderia ser diferente?
Será que a rotina deve ser estabelecida?
Será que fizemos as escolhas certas?
Será que nossas dores são maiores que os prazeres?
Será que devemos enfrentar nossos medos?
Será que agora é irreversível?
Será que ainda dá pra sorrir sinceramente?
Será que ainda dá pra ter paz interior?
Será que dá pra escapar do massacre?
Será que lágrimas resolvem?
Será que o amor de fato constrói?
Será que vale a pena?
Será que vale a pena?
Será que vale a pena?
Será que... vale a pena?


R.L.A.

domingo, 19 de junho de 2011

Tempos de melancia.

O tempo.
O tempo me trouxe tudo.
O tempo me levou tudo embora.
Me trouxe tanta felicidade.
Me levou tudo embora.
Me trouxe tanta tristeza.
Me levou tudo embora.
Me trouxe tanta surpresa. Tanto amor. Tanta vontade de ficar.
Me levou tudo embora.
Me trouxe tanta decepção. Tanta dor. Tanta vontade de sumir.
Me levou tudo embora.
Me trouxe tanta beleza. Tanta esperteza. Gentileza. Grandeza.
Me levou tudo embora.
Me trouxe tanta saudade. Bondade. Amizade. Humanidade. Humildade.
Me levou tudo embora.
O tempo.
O tempo, melhor amigo.
O tempo, pior inimigo.
Mas o tempo cura.
Mas o tempo magoa.
Com o tempo se nasce.
Com o tempo se morre.
Com o tempo se murcha,
E com o tempo se floresce.
O tempo me trouxe aqueles a quem amei. E me levou-os embora.
O tempo me trouxe aqueles a quem repudiei. E me levou-os embora.
O tempo trouxe aqueles a quem amo. E um dia os levará de mim.
Tempo justo.
Tempo ingrato!
Mas o tempo... ah, o tempo!
O tempo.

R.L.A.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Melancolia.

Tristezas do passado, medo do futuro. Melancolia. Algo que consome. Algo que inspira. E confunde. Nessas horas dá vontade de entrar em uma caverna distante e não sair mais. Ou também serve os cobertores sob os quais tenho meus sonhos mais bonitos e pesadelos mais tenebrosos. Bate a incerteza. A ausência. A falta. A saudade. Saudade do que fui. Do que fiz. Saudade do que serei. Do que farei. Pior: saudade do que sou. Saudade do que faço. Saudade do que não fui, do que não fiz, do que não disse, e, por que não dizer?, saudade do que não farei e não serei e não direi. Será que nossas escolhas são mesmo irreversíveis? Será que devemos colocar tudo o que temos de mais precioso, nossa força, tempo e paixão, naquilo que fazemos mesmo sem conhecermos nossa própria essência? Mesmo sem sabermos o que se espera de nós? O que se espera que nós façamos, sejamos, digamos? Mesmo sem sabermos o que NÓS esperamos de nós? Melancolia. É enlouquecedor, é triste, é assustador. É melancólico. Balancear nossas dores e nossos prazeres: que lado pesa mais? Quais são nossos propósitos? Melancolia.

R.L.A.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Solidão, amor e saudade.

"Porque hoje quando olhei pro céu e vi a lua, não consegui desacreditar do amor. Cheguei pra saudade que estava sentada ao meu lado e perguntei a razão de estar andando comigo tão frequentemente, afinal, nós nem éramos tão boas amigas assim. E ela me respondeu algo intrigante:
- É você quem não me deixa ir embora.
Eu olhei para frente, para aquela praça tão familiar, para as flores, para os bancos de madeira, à direita, com corações gravados, para o vento a me abraçar, para os rostos tristes envolta do balanço, à esquerda, tão disputado durante o dia pelas crianças e para a solidão nele sentada, na noite, rodeada de pessoas, de almas perdidas.
- Não sabia que você tinha tantos amigos assim, saudade. Incrível, porque você é o sentimento mais popular entre os homens. Nem mesmo a raiva possui uma vida tão movimentada.
Parei para refletir. Então quer dizer que o que nós mais sentimos é solidão. Até que fez algum sentido. Pois tudo passa, até o amor. Mas a solidão não passa, mesmo você estando em meio a uma multidão. Às vezes, você tem tudo e todos que importam à sua volta, e os sentimentos também. Algumas vezes até com os anjos presentes, o vazio aparece. E nem se sabe o porquê. É, solidão, percebi que eu era apenas mais uma velha amiga sua. Mais uma dentro de suas peças pregadas na peça da vida. Enfim, mais um amigo. De repente, após esses momentos de silêncio, a saudade cortou meus pensamentos com mais uma fala curiosa:
- Você me trouxe aqui para nos resolvermos, não para se distrair com a solidão. Estou cansada já de perder pessoas que preferem a companhia dela à minha presença.
- Por que? - Eu já sabia a resposta, mas era só para concretizar.
- Pelo óbvio. É muito mais fácil lidar com o vazio do que com as lembranças.
Eu sabia. E ela sabia que eu sabia. Mesmo assim não se incomodou em me responder. É assim que é a saudade. Nós a tememos, ignorantemente. Diferente do que pensamos, a função dela não é nos atormentar ou nos fazer sentir dor, mas sim demonstrar como o passado foi bom e valeu a pena. Agora que aprendi a ver a vida como ela é e não como eu gostaria que fosse, não vou mais sofrer. Eu não quero ser vazia. Adeus solidão.
- Vamos embora saudade? Está ficando tarde.
- Você quer que eu te acompanhe?! Pensei que terminaríamos por aqui.
- Venha, eu prefiro você à solidão.
- Está bem, mas eu tenho alguém que para poder seguir com você terei que levar também.
- Quem?
E ele apareceu, com o rosto vermelho e um meio sorriso. Era o Amor. Um tanto quanto sem jeito por ter me feito cair em suas armadilhas.
- Tudo bem, respondi.
- Oi, ele disse. Sei que você não está muito contente comigo ultimamente, mas ...
- Fique tranquilo, interrompi com uma voz sincera. Tudo bem. Venha, na minha vida você é sempre bem vindo.

E por lá fomos, eu, a saudade e o amor. Noite adentro.. A lua sorria..."

Giovanna Malavolta (alterado)

quarta-feira, 15 de junho de 2011

"And there's something in the way you laugh
Há algo no jeito que você ri
That makes me feel like a child.
Que faz eu me sentir como uma criança.
Aspects of life, they confuse me...
Aspectos da vida, eles me confundem...
You and your thesis amuse me.
Você e sua tese me divertem.
After an afternoon with you,
Depois de uma tarde com você,
And your rich brown eyes,
E seus olhos escuros,
Your lips and your dark hair,
Seus lábios, seu cabelo,
Toward the ceiling...
Voltados para o céu...
After an afternoon.
Depois de uma tarde.
Face to palm,
Rosto nas mãos,
Tear to tear,
Lágrima a lágrima,
Lips on lips,
Lábios nos lábios,
Heart to ground,
Coração no chão,
Say "I'm in Love",
Falar "Estou apaixonado",
Say "Heart to Ground",
Falar "coração no chão",
Say "Everything",
Falar "Tudo",
Oh Heart,
Oh, coração,
Oh Heart...
Oh coração!
Oh Heart to Ground...
Oh coração no chão!
I'm in love."


(J.M.)

Escutar o coração

Se já não posso te tocar,
E só vivo a esperar,
De que vale meu amor,
Superando minha dor?

Escutar o coração
É viver na solidão

Minha vida só a passar
Estou vendo-lhe voar
Amar-lhe com meu fervor
É como maltratar-me

Escutar o coração
É viver na solidão

Vou superar e gritar
Que não quero mais amar.
Sem o choro vou compor,
Superarei minha dor.

Escutar o coração
É viver na solidão

Que não quero mais amar,
E que quero libertar.
Que não quero mais amor,
E que quero meu pudor.

Agora lhe esquecer
Já virou o meu dever.



- Trabalho de Literatura Portuguesa I que eu fiz com o Vini, inacreditável que nós ganhamos nota na faculdade para compor poesias.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Breathing better.

Eu procurei em cada simples gesto, em cada palavra solta, em cada fato. Procurei achar motivos para não te querer mais. Afinal éramos tão diferentes. Dizem que os opostos se atraem, mas quando achamos alguém de quem gostamos dizemos ‘somos tão parecidos’. No nosso caso é diferente. Vivemos em mundos diferentes, temos gostos diferentes, agimos de formas diferentes. Possuimos experiências diferentes, amamos de formas diferentes. E eu comecei a me entregar. E logo em seguida comecei a temer. Entrei nas minhas típicas crises, não queria mais, queria fugir, sumir, esquecer, seguir em frente. Pra que cultivar alguém tão diferente por perto? Tentava buscar sentido, buscar palavras, buscar explicações. Nunca gostei de gostar, porque agora querer? Sempre achei ‘amor’ uma palavra tão... ilusória, boba, palavra de gente carente. Mas que não é carente lá no seu íntimo da alma? Todos nós somos . E bastante. Alguns de nós tentam disfarçar, outros choram, outros se humilham, outros se fazem de fortes. E eu escrevo, escrevo, escrevo. Escrever é tão mais fácil do que falar. Escrever para si mesmo é tão libertador. Escrever sobre você já virou tão rotineiro. Se somar meus textos de uma vida não resulta em metade dos que escrevi pensando em você. E não é como das outras vezes, em que eu sentia uma enorme insegurança... com você me sinto tão bem, você me faz tão bem. E luto contra meus próprios medos, travo uma luta contra mim mesma pra poder ter você em meus braços novamente. ‘Cuz when you are around I can even breath better. Meu melhor fluxo de consciência é você. Talvez não sejamos tão diferentes assim. Quando se trata de amor, somos todos meio iguais. Meio irracionais. E se isso não for amor, eu nunca descobrirei o que é. Nunca descobrirei o que é isso. E nem o que é o amor.

R.L.A. (about him, one more time)

sábado, 11 de junho de 2011

Coisas do coração.

Eu queria te mandar pra bem longe de mim. Eu queria, por um dia, esquecer que você existe. Queria te ligar pra te dizer o quanto eu te odeio. Queria mandar você embora, implorar pra que me esquecesse e nunca mais aparecesse na minha vida. Queria te insultar, te xingar, te humilhar. Só pra no dia seguinte eu sair correndo atrás de você, implorando suas desculpas, dizendo que sou sua para todo o sempre. Queria que você sentisse raiva de mim, me culpasse pelos seus erros, só pra no dia seguinte eu chorar e dizer o quanto eu amo você. Eu queria que você sentisse muita raiva de mim, e não quisesse nunca mais me ver, só pra no dia seguinte eu poder rastejar atrás de você, precisar implorar para que você voltasse para mim. Só queria que você me desgostasse um pouco para que eu pudesse lutar por você. Só queria que você me odiasse hoje para que amanhã eu pudesse implorar pelo seu amor.

R.L.A.

O poço.

Eu sempre soube que a pior mentira é aquela que contamos pra nós mesmos. E pior ainda: quando acreditamos nela. Nossa alma grita, berra. Nossa mente pede socorro, implora por ajuda. E nós simplesmente ignoramos tudo. Não queremos que ninguém perceba, não queremos nos dar ao luxo de não estar bem, não temos tempo pra isso. E aí chega alguém e percebe sua mentira. Que catástrofe. Alguém te conhece melhor do que você mesmo. Alguém percebeu o pedido de socorro do seu espírito antes de você mesmo perceber. Ter problemas sentimentais sem motivo é algo ridículo. Tudo sempre precisa de um motivo: um amor falho, uma vida medíocre, um problema de saúde, talvez? Uma rotina desagradável, uma insatisfação interior... Talvez um pouco de tudo isso. Eu estive tentando me enganar todos esses últimos tempos. E estava me saindo muito bem. Eu mesma estava acreditando no falso equilíbrio do meu estado de espírito. Não digo que estava “feliz” porque, como bem sei, acho essa palavra incabível. Mas eu estava... bem. Ou pelo menos pensava estar bem. E então chegou alguém e me disse que eu não estava bem. Droga, fui descoberta! Ela, aquela moça, sabia tudo a meu respeito mesmo que eu não falasse nada. A pior parte é que eu não sabia explicar o por que de não estar bem. Eram tantos conflitos internos. A vida nos traz incontáveis conflitos externos – quando arranjamos conflitos internos também, aí não dá pra suportar. E quando não sabemos a causa desses conflitos internos? Irremediável. Eu procurava buscar algo em que colocar toda a culpa pelo peso que eu sentia sobre mim. Em cada esquina, em cada canto, em cada olhar. Tentava encontrar algum detalhe a que eu pudesse culpar. Não adiantava. Aquele peso tornava tudo mais difícil. Até a respiração passou a ser difícil. Tornava difícil sorrir quando o que eu mais queria era chorar. Como uma criança. A dor interna passou a ser uma dor física. Doía o peito. Como doía. Eu só queria fugir dali, queria ser esquecida em algum lugar remoto até tudo aquilo cicatrizar. Queria voltar no tempo e no espaço, lá onde eu era feliz e sabia disso. Lá, quando tudo era leve e colorido, e as obrigações eram tão simples. Claro que eu não podia voltar. Agora a tendência era ir cada vez mais longe no tempo e no espaço, cada vez piorar mais. E isso era o que mais me desmotivava. Mais e mais. Cada segundo mais. Eu queria alguma mudança, eu queria voltar atrás, eu queria avançar no tempo, eu queria viver tudo de novo, queria viver tudo diferente, sei lá o que eu queria! Queria achar algo em que pudesse me agarrar, mas o que parecia era que as paredes do poço estavam cobertas de limo e minhas unhas escorregavam cada vez que eu tentava subir... e a luz de fora do poço parecia tão distante, era como um pesadelo, daqueles que você tenta gritar e a voz não sai. Pesadelos que tenho constantemente, e agora me vejo tentando gritar na vida real... mas minha voz simplesmente não sai.

R.L.A.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Dearest.

Tudo começou naquela tarde vazia. Seu olhar cruzando o meu, me valeu o dia. E eu não fazia ideia do por quê. Parecia que eu já te conhecia de algum lugar. Apesar de eu ter mera certeza de nunca ter te visto antes. Não nessa vida, pelo menos. Parecia algo kármico. Eu tinha que te ver de novo. Não importava como. E fui atrás. Algo me dizia que nos daríamos bem. E nos demos muito mais do que bem… Viramos colegas, amigos, melhores amigos. E nasceu um sentimento bom. Um sentimento bonito e sem nome. Não era amor, não era bem-querer, não era carinho de irmão, não era zelo. Era simplesmente uma mistura de tudo isso. E você sempre lembrava de tudo o que eu fazia. E lembrava de tudo o que eu falava. E nosso assunto nunca acabava. E me conhecia melhor do que eu mesma. E um dos poucos que sabia absolutamente tudo a meu respeito. E como começou a me fazer bem, tão bem, muito bem. E tudo foi crescendo. E cresce. E crescerá. Hoje, apenas quatro meses depois, digo e repito: eu queria tanto me dar bem com todo mundo como me dou com você, queria tanto poder ser eu mesma com todo mundo como sou quando estou com você.

R.L.A. para o meu melhor amigo

I hate this love.

Te odeio
e te amo.
Amo tanto
te odiar.
E odeio tanto
te amar.
Amo o amor,
e odeio o ódio
que o amor
e o ódio
fazem nascer
do meu ódio
e do meu amor.

R.L.A.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

The worse thing about me is you.

Odeio o modo como nos conhecemos, odeio o modo como você fala comigo, odeio mais ainda o modo como você age.
The way we met, the way you talk to me, the way you do.
Odeio sua risada, odeio seu jeito de falar, odeio seu modo de se vestir.
Your laugh, the way you speak, the way you dress.
Odeio quando você me deixa sem ar, odeio como você me deixa leve, odeio quando me deixa sem palavras.
Breathless. Make me fly. Speechless.
Odeio lembrar de você com tudo o que vejo, odeio viajar para perto de você através de tudo o que ouço.
You are in every single detail.
Odeio sonhar com você todas as noites e odeio mais ainda sonhar com você estando acordada.
Dreaming of you.
Odeio gostar de ouvir sua respiração ofegar e sua pulsação acelerar, e odeio mais ainda quando você faz minha respiração ofegar e minha pulsação acelerar.
The way you breath, the way your heart beats. Take my breath away, make my heart beats louder.
Odeio a forma como me sinto quando você me abraça, odeio me sentir protegida perto de você mesmo sabendo que não estou.
Your hug. Careless.
Odeio cada vontade que você desperta em mim, odeio querer te ver o tempo inteiro, odeio querer escrever sobre você, odeio pensar em você.
Seeing you. Writing about you. Thinking of you.
Odeio querer ler sua mente, e odeio mais ainda o modo como você lê a minha.
Reading your mind. The way you read mine.
Odeio a certeza que você me faz sentir quando estou com você, odeio o poder que você tem sobre mim.
Certain. Power over me.
Odeio quando você some, odeio o fato de não me ligar, odeio mais ainda me sentir bem quando você me liga.
Disappear. Calling me.
Odeio sua capacidade de me tornar pequena e fraca e frágil, odeio ver suas fotos todos os dias, odeio ser viciada em você.
Make me tiny and weak and breakable. Addicted to you.
Odeio adorar seu sorriso e odeio mais ainda o fato de sua perfeição me tornar tão imperfeita.
Smile. Perfection makes me imperfect.
Odeio nossas gritantes diferenças e odeio muito mais o fato de isso não fazer diferença alguma.
Differences. No difference at all.
Odeio quando você me cala com seu olhar, odeio quando você me surpreende e odeio quando você não está perto de mim.
Your sweet look. Surprising. Not around.
Odeio quando você me faz rir e odeio muito mais quando você me faz chorar.
Make me laugh. Even worse when you make me cry.
Mas eu odeio principalmente não conseguir te odiar – nem perto disso, nem um pouco, não mesmo.
“But mostly I hate the way I don't hate you — Not even close, not even a little bit, not even at all.”
A pior parte de mim é você, the worse thing about me is you.

R.L.A.

sábado, 4 de junho de 2011

Um...

Eles eram simplesmente eles. Simplesmente deles. E ela resolveu que não tocaria mais num passado distante que, sinceramente, não queria para si. Resolveu que tudo que aconteceu antes deles eram meras lembranças. Não as ressuscitaria mais para fazer comparações ou mesmo para esclarecer sentimentos. Tudo isso ela já fizera e acreditava que ele já compreendera o que ela sentia. Ela possuía sérios problemas com as palavras ditas e por isso ninguém entendia como ele podia desejá-la tanto. Ela era o alguém que quase não falava de amor. Que não gostava de dizer Eu te amo, e muito menos fazer juras de amor em forma de serenata. Mas o que os outros não sabiam era que ela, na verdade, gostava de expressar-se em palavras. Podia não saber dizer oralmente como se sentia, mas se pedissem para ela escrever páginas e páginas de seus sentimentos em textos, ela não acharia dificuldades. Ela adaptou-se a ele. Eles amadureceram juntos. Se apóiam mesmo morrendo de ciúmes e saudades. Ele a ensinou muitas coisas. A melhor coisa que eles aprenderam juntos, foi amar. E como o amor é o melhor sentimento que existe. Ele também a ensinou a não se preocupar-se tanto com o peso e que ele é aquele famoso príncipe encantado desejado por todas. Ele também a ensinou, a muito custo, uma coisa muito importante. Ensinou-a que o importante é o agora. Sem passado, e nada de futuro.

R.L.A. (baseado em Giovanna Malavolta)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

With the hands.

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades."

Camões.

(Esse poema do Camões é muito a minha cara. E eu que sempre fui traumatizada com a palavra Camões, hoje vejo que ele é bacana)

Piece of Bubble Gum.

Dúvida nunca havia sido problema. A vida sempre havia sido doce. E os dias iam passando tão gostosos. Parece que tudo muda. E o problema começa. Começa quando você não sabe mais o que esperar de si próprio. Quando, talvez, você passe a ser uma decepção para si próprio. E para aqueles que te cercam. Você ouve frases que magoam lá no fundo. E finge não se importar. Você vê tudo o que estivera construindo se esvair. E finge não enxergar. Lembra de tudo o que já sonhou, e se pergunta onde queria estar. Não se vê nesse lugar. Lembra de onde você se imaginou estar no futuro, futuro que agora é presente. E essas lembranças trazem mais decepção. Talvez uma decepção desfundamentada, exagerada, ilusória, talvez? Talvez. A verdade, se é que existe a palavra verdade, é que existe um mal estar interno. Terrível. Um mal estar que você não consegue descobrir a real causa, e pior, não descobre a melhor cura. Talvez não haja causa; talvez não haja cura; talvez seja normal. Mas é um mal estar que causa enjôo, faz você se sentir completamente sick. E assim você empurra seus dias, com uma mistura de desequilíbrio, aversão a tudo, melancolia, nostalgia, decepção, decepção e um pouco de decepção. Procura desesperadamente um motivo. Achando o motivo e consertando-o, a vida voltaria a ser doce. Mas o motivo insiste em se esconder. O motivo do mal estar foge e se esconde nos labirintos da mente - e quanto labirinto existe nessa mente! - Mente que tanto cobra, mente tão crítica, mente que tanto mente. O que pensam não importa, claro que não importa. O que dizem de você não vai fazer seu mal estar ir embora. Ele parece já estar impregnado em cada célula sua. Você espera, uma espera tão esperançosa de um dia sentir novamente o gosto doce que sua vida tinha. Essa espera parece um tanto ingênua, é claro que o gosto doce já se acabou como um chiclete de morango depois de uma hora mastigado. Só sobra um pedaço de massa duro e sem gosto. É sua vida agora. Agora sua vida é um chiclete mastigado demais.

R.L.A.

"Haverá um dia em que você não haverá de ser feliz. Sentirá o ar sem se mexer, sem desejar como antes sempre quis. Quando chover, deixar molhar, pra receber o sol quando voltar. Lembrará os dias que você deixou passar sem ver a luz. Se chorar, chorar é vão porque os dias vão pra nunca mais. Tem vez que as coisas pesam mais do que a gente acha que pode aguentar. Nessa hora fique firme, pois tudo isso logo vai passar."

(Felicidade - Marcelo Jeneci)

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Sweet.

Fotos que me fazem lembrar,
Músicas que me fazem chorar.
De tudo o que existiu,
De tudo o que partiu,
Só a saudade restou.
Só a nostalgia ficou.
Passados remotos,
Dias tão tortos,
Sentimentos tão mortos.
Transformação, emoção, respiração e transpiração.
Pertences que não cabem mais,
O inimaginável que traz paz.
Sorrisos e lágrimas,
Lágrimas de sorrisos.
E se assim fosse,
O gosto seria tão doce.

R.L.A.

Liberdade e lembrança.

Lembre-me de esquecer
Cada dia cinza e frio
Em que a vida me fez passar
Pelo triste leito do rio.

Lembre-me de lembrar
Que cada sorriso seu
Haverá de renovar
Tudo de bom que você me deu.

Florescer, acender e destemer.
Se sou sua, e sou nossa, sou livre.

Novo espetáculo no mesmo palco.

Cada palavra possuía
tanta verdade.
Impregnada em cada sílaba
estava a saudade.

Tantos momentos estavam bem ali,
momentos que já não cabiam mais.
E 'ali', então, se transformava
em um palco para novo espetáculo sagaz.

Novos atores e novas cenas,
o sentimento era o mesmo, apenas.

Aquilo que antes era maior que ela,
agora era maior que eu.
E tudo o que fora dela,
agora era meu.

E dentre tudo o que se move,
agora era minha vez,
de ser a fool in love.

I close my eyes.

Eu ficaria acordada
Só para te ouvir respirar
E atravessaria, a nado, o mar
Mesmo que isso servisse para nada.

Porque você, mesmo que diferente,
Me completa.
E mesmo que de longe,
Me acorberta.

De que adiantou tudo o que em mim somei,
E todos os caminhos por onde andei,
E cada dia cinza que passei,
Se a sua chegada
Took my breath away?
Se você destruiu tudo
O que eu pensava saber?

De que adianta ser gênio
Se o gênio é ingênuo
Quando se trata de amor?

De que adianta ser sábio
Se o sábio é tolo e o tolo é sábio
Quando se trata de amor?

Basta fechar os olhos
Para ter a certeza de que realmente
Certas coisas vemos melhor
Com os olhos fechados.


R.L.A