Let's travel?

Let's travel?
Entre sem bater.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Let it be.

Agora há pouco estive sentada, sozinha, em um lugar distante e pouco conhecido. À noite, um completo breu, só natureza ao redor. Como raramente faço, olhei para cima. Olhei acima da visão habitual, olhei para o céu. Eram dezenas, centenas, milhares de estrelas brilhantes. Fiquei imaginando se cada uma daquelas estrelas poderia ser uma perda que sofri. Por que não imaginar? Perdas. Oportunidades perdidas, queridos falecidos, amores acabados. Todos virando estrelas. Fiquei pensando na importância que tenho dado às coisas. Será que tenho trocado valores? Me importado com o que é pequeno e deixando passar o que é fascinante? Aquelas estrelas estavam me fascinando. O sol dando lugar ao breu estrelado estava me fascinando. Notei que venho me preocupando com o banal. Venho me importando com o mero casual. Venho remoendo o passado como se isso me valesse de algo agora. Venho pensando no futuro como se isso fosse me fazer bem agora. E a verdade é que está tudo errado. Por que não me importar mais com o agora? Por que não me fascinar com o brilho das estrelas, e não com o brilho de uma moeda? Por que não enxergar tudo pelo outro ponto de vista? Por que não deixar que tudo simplesmente aconteça? Por que não parar de sofrer antecipadamente? Por que não parar de imaginar como tudo será e simplesmente deixar que seja?


R.L.A.

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