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Entre sem bater.

domingo, 1 de novembro de 2015

A trouxa do ano

Sabe aquela história de "tudo o que vai volta" e "a vida dá o troco"? Pois é. Eu sempre acreditei plenamente nisso. E nesse exato momento da minha vida eu estou sentindo na pele. A vida está me dando o troco, centavo por centavo. Consigo até ouvir uma vozinha dizendo "vai, trouxa!". Quem mandou jogar tudo fora? Quem mandou desperdiçar algo tão puro? Algo tão perfeito? O problema é que a gente não manda nos nossos sentimentos, o grande dilema é esse. Era o que eu precisava fazer naquela altura da minha vida. Simplesmente precisava, não tive escolha. Meu coração puxou meu tapete. Fui obrigada por meus próprios sentimentos a dispensar todo aquele amor, todo aquele carinho, toda aquela atenção. E parece que não vou mais conseguir algo semelhante, porque agora a vida me obriga a gostar de pessoas que não estão nem aí pra mim. Sim, a vida é cruel, às vezes. E o jogo virou totalmente. Antes era eu que arrumava desculpas pra alguém que implorava por beijos meus. Hoje consegui alguém que os despreza. Alguém que prefere a televisão a mim. Hoje quem implorou por beijos e carinho e atenção fui eu, e juro que não estou sendo dramática, porque não sou disso, vocês sabem. Uma salva de palmas para mim, consegui o título de trouxa do ano. Me vi ali, com os papéis invertidos. Hoje não era eu quem estava usando as desculpas de cansaço, fome, ou qualquer outra coisa para justificar o desinteresse. Hoje era eu ali implorando para que fosse enxergada e amada por algumas horas. E vi eu mesma no passado ao meu lado, me desprezando. É, a vida é justa. Ela não fica devendo nem um centavo, sequer. Parabéns, trouxa do ano.

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