Let's travel?

Let's travel?
Entre sem bater.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Oi.
Sou sua ex.
Na verdade, você é meu ex.
Começamos a namorar em 2012 e  terminamos 2015. Foram 3 anos malucos, não é mesmo? O mundo iria acabar, e não acabou. Nosso namoro, esse sim, acabou. Eu cheguei a pensar que a minha vida também fosse acabar, mas veja só: 2017 chegou e eu ainda estou aqui. Profecias erradas.
Namoramos poucos anos, mas você me fez tão feliz.
Nunca havia me apaixonado tanto.
Eu dormia sorrindo e acordava com um sorriso ainda maior.
Você era o meu primeiro e meu último pensamento do dia.
O nosso primeiro beijo arrepiou a minha alma e você perdeu o fôlego, lembra?
Você tão incrivelmente lindo.
Você tão incrivelmente doce.
Você.
Só você.
Mas aí você me trocou.
Assim, da noite pro dia.
Você me destruiu.
Foi embora.
Partiu sem se importar.
Eu eu fiquei em estado de choque.
Fazia de tudo para te esquecer. E não esquecia. E não me acalmava.
Então comecei a sair.
Meus amigos me arrastaram pra balada.
E a única coisa que eu queria era te abraçar e dizer:
- Tudo bem, errar é humano, vem aqui, vamos tentar outra vez.
Mas você abraçou outra pessoa.
E beijou outra pessoa.
E me destruiu novamente.
Quem é essa menina que está com você? Você a ama? Tanto quanto me amou?
Eu tinha tantas perguntas pra te fazer.
Eu tinha tanta dor dentro de mim.
Eu estava tão frágil. E passei a ter raiva.
Fui morrendo lentamente.
Tive que focar no trabalho, na nova faculdade, focar nos meus sonhos, sonhos dos quais você já não fazia parte. E tudo isso para não morrer por inteiro.
E te acompanhava de longe. Te via na rua. Te via e chorava.
Acho que gosto de sentir dor.
Dispensei tanta gente que queria ficar comigo. Tanta gente legal. Vesti um escudo. Achei que todas as pessoas eram igualmente maldosas e me trocariam como você fez. Seriam maldosas como você foi.
Vi algumas pessoas querendo cuidar de mim. Nenhuma delas me interessava. Meninos, homens, mais velhos, mais novos, muito ricos, pessoas comuns, tinha de tudo.
Mas teve um cara que chamou minha atenção. E, do nada, em um domingo qualquer, começamos a conversar. Dez dias depois estávamos namorando.
Estávamos juntos. Grudados.
E naquele dia dois de agosto tudo mudou.
E eu até bebi, mas dessa vez foi pra brindar.
E eu me senti amada. Amada de verdade.
Me senti feliz. Me peguei sorrindo sozinho. Sorriso bobo, sabe?
Voltei a amar. E não era você.
Mas havia verdade. Havia reciprocidade.
E você foi, aos poucos, acabando dentro de mim. Até acabar por inteiro.
E eu passei a refletir sobre tudo o que aconteceu. Passei a lembrar de nós não com saudade e ausência, mas com carinho por tudo o que vivemos, o tanto que aprendi com você e você comigo.
As pessoas me diziam que um dia eu iria rir disso tudo. E eu ri.
Agora já posso te encontrar. Posso te ver e não sentir mais nada.
Posso te ver e quando eu olhar pro meu namorado vou ver um abismo entre você e ele. Em vários sentidos. Ele é lindo. Ele luta por aquilo que ele quer. E eu o admiro.
Eu só desejo que o modo como você desistiu de mim e tentou me substituir nunca volte pra você.
Que o mundo pode ser horrível eu já sei, e sei porque você me mostrou. Você me fez provar o gosto do pior lado que a vida pode ter.
Mas é possível sair ileso, basta presar pelo bem. Basta ser do bem.
Você ainda vai me ver feliz com outro alguém. Vai ver o modo como eu olho pra ele, que é exatamente como eu olhei para você durante quase 40 meses.
Sabe, o tempo me fez bem. E fez mesmo.
Um dia você vai entender que eu fui a única que realmente te amou de verdade. Sem possessão. Sem peso.
Há 7 meses eu correria pros seus braços sem pensar duas vezes. Eu te daria todo o meu amor outra vez.
Hoje eu te deixo esse texto.
Fica bem. A gente só vive uma vez.
Aproveita, mas aproveita com verdade. Com leveza. Com reciprocidade.
Uma vida de verdade, um amor de verdade.
Porque uma vida vazia jamais te trará felicidade. E o buraco que eu deixei você nunca vai conseguir preencher com uma outra pessoa que não serve.

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