Let's travel?

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Entre sem bater.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

O mundo dá tantas voltas

Pois é, lembro na pele como se fosse ontem as sensações daquele término. Pouco antes do meio de outubro de 2017, como doeu, meu Deus. Como eu iria viver sem aquelas covinhas, aquele sorriso, aqueles beijos, aquele cheiro? Metade de mim sabia que aquilo não teria futuro e, se tivesse, seria um futuro catastrófico, mas a outra metade de mim só queria ele de volta com todas as forças. Pois bem. Um ano e 4 meses se passaram, e ele reaparece no meu caminho. Tenho a oportunidade de estar nos braços dele novamente, duas vezes. E não senti n-a-d-a. Nada. Absolutamente nada. E aí fiquei refletindo sobre como nossos sentimentos nos enganam. Como nossa mente é danadinha. Somos nossos próprios vilões. Somos ansiosos, queremos tudo para agora, sem a mínima chance de esperar. Afinal, não sabemos o que será no futuro, e se eu acabar sozinha?, e se eu nunca conseguir um bom emprego?, etc etc etc. Lembro que lá pra finais de 2012 eu estava muito feliz no meu relacionamento, acreditava ter encontrado o grande amor da minha vida, mas estava mal porque minha vida profissional era uma droga. Sempre a ansiedade falando mais alto. Nunca imaginei que 6 anos depois estaria no emprego dos sonhos de muita gente. E que meus caminhos de antes de entrar nessa carreira foram essenciais pra me tornar quem sou hoje. Depois do fim desse relacionamento com o "amor da minha vida", que ocorreu no meio de 2015, eu me tornei bem carente e muito temerosa de "acabar sozinha". Acabei atraindo o relacionamento que durou mais de um ano, mas que só me tornou mais insegura e carente, e me destruiu quando acabou. Um ano depois, atraí um novo relacionamento que parecia lindo e perfeito, só que era mais um teste da vida me mostrando que eu preciso - PRECISO - melhorar minha energia sozinha, preciso ficar bem sozinha, e enquanto isso não acontecer, não vou atrair nada que preste. Atraí esse relacionamento e depositei nele todas as minhas faltas, meus vazios, carências, inseguranças, depositei tudo, tudinho, naquela pessoa. E durou menos do que eu imaginava, apenas 3 meses. As mesmas sensações horríveis de rejeição, culpa, não merecimento, voltam todas. E como é ruim se sentir assim! Como se eu não fosse merecedora de ser feliz, como se a culpa pelo término fosse apenas minha, como se eu não tivesse dado meu melhor, como se eu pudesse ter feito algo diferente que gerasse um resultado diferente. Mas no fundo, sei que não. Fui eu mesma, fiz o que teria feito novamente, foi ele quem mudou quando se formou. Não sei se subiu pra cabeça, se ele se sentiu perdido e confuso, eu queria estar ao lado, mas ele não quis, e eu preciso aceitar que não existem culpados, existem momentos. Preciso confiar no universo, preciso acreditar que daqui um tempo (um tempo nem tão distante) isso já nem fará sentido.

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