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Entre sem bater.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Mais um sobre o tal do Tinder

Como uma boa (futura) Psicóloga, me tornei uma pessoa cada dia mais observadora e analista do comportamento humano. O tal do Tinder é muito interessante pra perceber como as pessoas costumam se relacionar e como encaram isso. Estava fuçando os perfis e eis que me deparei com uma pessoa sem foto. No lugar da foto, era um texto em que ele dizia que procura alguém para se relacionar que gostasse dele pelo que ele era realmente, e não considerasse seu lado físico. Dizia, ainda, que não fazia aquilo porque se achava feio, e sim por acreditar que só importa o que existe por dentro. Aquilo me intrigou. Dei um like nele, e deu "match". Conversando com ele, ele adiou ao máximo pra me mostrar a foto. Refleti bastante sobre isso. Cheguei à conclusão de que é claro que o físico importa. Não estou dizendo que só é bom quem cabe nos estereótipos de beleza, nada disso. Mas é pelo físico que nos atraímos num primeiro instante. Cada um possui um "tipo" que lhe atrai, e isso é absolutamente natural! Qual o problema nisso? Entendo que a pessoa não queira se relacionar com alguém fútil que só procura uma pessoa linda e perfeita fisicamente para usar como um trofeu para exibir. Mas essas pessoas são exceção. A maioria se relaciona com alguém de que goste, por dentro e por fora. E isso é algo absolutamente individual. O que é bonito para mim, pode não ser para você. Ou eu posso achar alguém lindo, mas não ser o meu "tipo". Por exemplo, eu não me sinto atraída por homens com barriga de tanquinho. Não me sinto atraída por pessoas de olhos azuis. E por aí vai. Ué, um homem louro, de olhos azuis e barriga tanquinho não seria o sonho de consumo de qualquer mulher? Claro que não. É óbvio que faz o tipo de algumas, mas não de todas. E qual o problema nisso? O problema, vou dizer qual é. O problema é as pessoas possuírem uma auto-estima tão baixa a ponto de achar que não geram interesse em alguém por não serem tão bonitas. Isso é absurdo. A maioria das pessoas não se apaixona por estereótipos, a maioria das pessoas se apaixona por pessoas! E eu não sou diferente. Me apaixono por pessoas como um conjunto da obra, e alguns me interessam mais do que outros (em geral, os que me interessam são pessoas semelhantes. Creio que seja normal). E se a pessoa não me corresponde, não é porque sou feia, porque não sou magra, porque não tenho tanto dinheiro. É só porque não sou o tipo dela, só isso. E tudo seria muito mais fácil se todos tivessem amor-próprio o suficiente para pensar assim também.

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