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Entre sem bater.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

A simplicidade da morte

Eu vou morrer. Calma, não precisa fazer essa cara assustada só porque uma garota de 23 anos está dizendo que vai morrer. Afinal de contas, você também vai. Todos iremos. Daqui um minuto, ou daqui um século, o momento vai chegar. Eu vou morrer. Quando isso ocorrer, peço que você seja forte. Pode chorar, chore muito, mas quando as lágrimas secarem, siga em frente. Fale de mim como sempre falou, pode continuar me criticando e lembrando de cada um dos meus defeitos. Não use um tom de tristeza ao falar meu nome. Lembre de mim como alguém que veio por um motivo, e se foi por milhares de outros que estão fora de compreensão. Ria daquilo que eu costumava rir, pode usar meu perfume de vez em quando pra lembrar do meu cheiro, assista àquele filme que eu adorava, e assisti umas mil vezes. Lembre de mim como se eu ainda estivesse presente, afinal devo mesmo estar. Não fisicamente, e muito provável que não espiritualmente, mas sentimentalmente, sem dúvidas. Estou e sempre estarei presente dentro de você, e isso nada nem ninguém consegue retirar. Estarei sempre misturada em suas entranhas, como o sangue que corre em suas veias. Eu vou morrer, e isso é muito mais simples do que parece. Calma, um dia talvez você compreenda a simplicidade da morte. Enquanto isso, apenas saiba que estou e estarei aí dentro de você, sempre e para sempre.

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