Let's travel?

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Entre sem bater.

domingo, 19 de setembro de 2010

de repente, 18.

Pensei em escrever esse texto em 3a pessoa... mas seria generalizado demais, então vamos no Eu mesmo. 18 anos é A idade. A idade em que pensava saber tudo, e descobri que não sabia nada. A idade em que me senti tão leve que quase podia voar, quase não sentia o chão sob meus pés. A idade em que me sentia a dona do mundo, mais que isso: a dona de mim. Sentia que podia tudo, que era capaz de tudo. Pude descobrir a veracidade daqueles que aos 18 anos é a melhor fase da vida. Quando tinha 12 anos, queria ter 18. Quando tinha 17, queria ter 18. Quando 18, queria ter 18 - PARA SEMPRE. A própria Pollyana, a própria Alice. Uma liberdade, uma leveza. Um mundo maravilhoso. Uma alma preenchida, uma cabeça ocupada. Ocupada com toda a positividade. Comecei a ver beleza onde nunca pensei existir. Comecei a ouvir e compreender as pessoas, sentir o mundo... tão incompreensível. Comecei a me interessar por mim mesma, pela vida, pelo tempo, pela política. Pelas músicas, palavras e cores. Comecei a enxergar as entrelinhas, sentir as complexidades mundanas, a curiosidade entrando pelos meus poros, correndo em minhas veias. Todos os assuntos passaram a me interessar. Dos dialetos ao espiritismo. Da homossexualidade ao aborto. Do amor ao ódio. Amor? Logo eu, que nunca pensei me interessar por uma palavra tão clichê. Logo eu, logo eu. Logo eu, que seria capaz de abraçar o mundo com toda a força interior que sentia aos 18 anos. Eternos 18 anos.

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